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General : A primeira página.
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Recommend  Message 1 of 44 in Discussion 
From: MSN NicknameJoca1999  (Original Message)Sent: 10/12/2004 10:42 AM
Esta é a primeira página ( ainda em forma de rascunho)de um conto que escrevi e que fará parte de uma série de contos verídicos que um dia (se conseguir e me convencer a mim mesmo ) pretend publicar. 
Como é muito grande ( 11 páginas) vou colocar tudo em mensagens separadas página a página.
Depois vão-me dizendo se gostam.
Um abraço.
Jorge


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Recommend  Message 30 of 44 in Discussion 
From: MSN NicknameZinho-2004Sent: 10/16/2004 9:46 PM
Em tempo- era minha intenção faze-lo, mas, depois de tanto texto, passou-me: desafio quem quer que seja a deslocar-se a Moçambique, embrenhar-se por todas as regiões daquela terra linda e aquilatar do comportamento dos órgãos de poder equivalentes aos então Administradores de Concelho ou de Posto e verificar se, com mais ou menos nuances, a situação não é a mesma que há mais de três décadas, mormente nas relações poder/POP e bons e maus dirigentes.
  Também constatarão, pela certa, problemas e conflitos laborais.
   O Mundo justo e ideal ainda não foi concebido pelo Homem.
    Nem sei se algum dia o será.
 
  O que sei é que, saradas as feridas, se as há ainda abertas, é tempo dos nossos povos se manterem amigos e cooperantes, pois temos um Passado comum, fosse ele qual fosse. E friso "manterem" porque ainda não me convenci que, enquanto Povo, se hajam alguma vez desavindo.
 
     E não é destacar só aspectos negativos idos. Há que reconhecermos, também, a face profíuca desse Passado.
 
 Bom Domingo,
 
  Branquinho
  

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Recommend  Message 31 of 44 in Discussion 
From: MSN NicknameZinho-2004Sent: 10/16/2004 9:48 PM
profícua

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Recommend  Message 32 of 44 in Discussion 
From: MSN NicknameVPêSent: 10/16/2004 10:23 PM
Branquinho:
                    Já estou meio cansado de dizer o mesmo. Vão lá! Fará um bem danado. A todos. A uns acabará com uma "foto" do passado, enquistada e não tradutora da realidade actual.                             
                   Depois, o Poder os os vícios a ele associados são uma constante por este mundo fora, em todas as culturas e regimes políticos. Só se alguém andar absolutamente alheado é que não dá por isso.  
                    O servilismo de outrora está por aí, talvez com outras nuances, com outros condimentos. E como ontem, temos gentes e gentes, filhos de muita mãe.
                    Vejo constantemente pessoal arvorar-se em "moçambicanos". Bem, arvoram-se. Mas estão cá. E a moçambicanidade sentida devia ser exercida no terreno. Moçambicanos por procuração...faz-me lembrar outros tempos. Também não sei a razão porque não ficaram por lá na construção do novo Moçambique. Porventura aquele país teria lucrado bastante mais.
                    Os moçambicanos de hoje, aqueles que lá estão e conhecem apenas o pós independencia passam ao lado destas conversas todas. Querem, tal como um jovem português em Portugal, saber de como se safar na vida, de ver o seu país progredir e olhar para a frente, terem bons telemóveis, pc`s, comidinha na barriga para aqueles com futuro mais incerto e difícil.
                    Apenas nós andamos aqui a degladiar-nos com teias de aranha de 30 e mais anos.
                    Mais uma vez...vão lá, falem com todos, perguntem, falem, porque o que lá ouvirem vai fazer com que sosseguem.  O Moçambique da "foto" morreu. À muito, muito tempo. E ainda bem.
                                                                                  Victor

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Recommend  Message 33 of 44 in Discussion 
From: MSN NicknameJoca1999Sent: 10/16/2004 11:20 PM
Branquinho, meu bom amigo;
Após tudo o que já se disse, pouco haverá mais a dizer.
De facto, houve gente muito boa e muito honesta, não só nos ditos "administrativos" como em todas as outras actividades.
Houve e há.
Felizmente para todos nós.
Também os houve desonestos e incapazes.
Houve e há.
Infelizmente para todos nós.
Importa, por isso, em nome da verdade e do registo - tanto quanto possível fiel e desapaixonado - deixar para os vindouros as histórias que, todas juntas, farão a História destes Povos que falam a língua que nós também falamos, tem traços culturais iguais aos nossos em alguns aspectos, dizem também "amor" e "saudade" como nós dizemos.
E sentem-no de maneira igual.
Isto é o mais espantoso de tudo.
Esta é a nossa História comum de um casamento de 500 anos.
Não creio que, em alguns locais, alguns dos actuais dirigentes sejam melhores ou piores que os de antigamente.
Há bons e maus em qualquer fita.
Mesmo nas de cowboys!
Só que, agora, aquele Povo traça o futuro por suas próprias mãos.
E nós traçamos o nosso.
Penso que assim está tudo melhor.
Cada qual em sua casa mas com a noção de que, haja o que houver, passe-se o que se passar, ninguém jamais nos tirará aesta coisa de falarmos igual, sentindo igual.
Contrariamente ao que dizes, eu acredito num futuro com um Mundo melhor, onde os Homens sejam e se sintam realmente irmãos e onde - nesse Mundo já então sem fronteiras ou nações - os pais possam dizer aos filhos:
- Vez, meu filho, aqui era onde antigamente passava o arame farpado da fronteira que dividia os povos de ....... e de .......!
Eu ainda acredito nisso.
E olha que não sou ingénuo.
Um abração.
Jorge

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Recommend  Message 34 of 44 in Discussion 
From: MSN NicknameVPêSent: 10/17/2004 9:22 AM
Russell:
             Espero nunca, mas nunca nunquinha ouvir: Mira, hombre, aqui es lo local adonde bibian los portugueses, ahora es tu casa. Porra, Deus me livre, que estou bem assim. Os suecos, dinamarqueses e finlandeses estão lá bem, com um bom nível de vida, justo e democrático e não foi pela fusão internacional que aí chegaram.
                                                                         Vi thor

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Recommend  Message 35 of 44 in Discussion 
From: MSN NicknameJoca1999Sent: 10/17/2004 10:11 AM
Vi Thor!
 
Não foi isso que escrevi!
O que escrevi foi que os pais, já num Mundo sem fronteiras, sem arames farpados, sem guerras, pudessem dizer aos filhos onde antes tinham sido as nações.
Eu acredito num Mundo sem fronteiras, sem nações, sem guerras, sem "senhores", sem ditaduras ou regimes impostos mais ou menos subtilmente,  sem nada disso.
 
Como dizia o John Lenon....
"Imagine"....
 
Estou nessa.
Lembras-te do poema?
 
Um abração.
Jorge

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Recommend  Message 36 of 44 in Discussion 
From: MSN NicknameVPêSent: 10/17/2004 10:33 AM
            Bem, sem fronteiras já nós estamos. Fronteiras nacionais. Porque fronteiras sociais têm-se cada vez cavado mais e mais. A ver vamos.
            As ideias começaram a organizar-se na Grécia Antiga. Já passaram uns anitos, um dia chegaremos a bom porto.
                                     Victor

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Recommend  Message 37 of 44 in Discussion 
From: freixoSent: 10/17/2004 11:13 AM
Aos intervenientes deste rol de Mensagens :

Com pouco tempo disponível , só hoje percebi este grande rol de mensagens , e o porque de alguma discordância :

A meu ver , não podemos nem devemos medir todos pela mesma rasa , mas não quer dizer que não devamos apontar o dedo , denunciar , corrigir se possível o que esta mal . Podem dizer que são factos passados , mas que , de uma forma ou outra interferem no presente e futuro , as mazelas ficam .

Existiram administradores , comerciantes , militares , bons e maus , como ainda hoje existem em todas as classes .

Na minha passagem militar por Angola , assisti e conheci factos , para mim aberrantes ( endeusamento pelos Angolanos brancos do Alferes Robles ) e muitos outros que seria moroso , maçador relatar .

A companhia de que fazia parte depois de Nambuangongo , esteve destacada em Cacuso , zona não operacional , de descanso , por onde passou cometeu e deixou cometer algumas atrocidades o dito Alferes Robles . Nas patrulhas que efectuava com o meu grupo de combate , passava pelas minas de ferro Quitota e Saia , dotadas com postos administrativos , hospitais , vivendas de luxo e..., muitas cobatas . Numa dessas patrulhas a Saia , pedem a minha comparência para assistir ao correctivo que estavam a dar a um trabalhador , por segundo eles ter roubado uma peca de ferramenta , quando chego estavam acabar as chicotadas e iam marcar , assinalar com um corte de parte da orelha o trabalhador , não deixei e não sublinhei as suas intenções , que era adicionar a forca dos cipaios a forca , a conivência dos militares .

A nossa historia colonial , esta recheada de grandes assimetrias , talvez menores que a de outros povos colonizadores , mas existiam , branquea-las julgo não ser correcto . É inegável que existiam enormes diferenças que começavam pela cor da pele , que só por si levava uma grande percentagem a pensar que tinham um estatuto superior , diferente .

O colonialismo Português gerou nações dentro de outras nações , ainda hoje latentes , no tecido social Português . As condições de vida de Moçambicanos e Angolanos brancos era diferente de uma larga maioria de Portugueses residentes em Portugal , não só devido as condições económicas , mas também a horizontes mais amplos , mais alargados , daí a não haver uma identificação plena entre portugueses nascidos a sombra da mesma bandeira .

Saibamos viver com as diferenças

Freixo



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Recommend  Message 38 of 44 in Discussion 
From: MSN Nicknamefangberna1Sent: 10/17/2004 5:53 PM
Branquinho,
 
Obrigado pela sua magnifica explicacao.
 
A resposta dada vem anular a minha, pois e mais diplomatica e mais metodica que a que eu ia dar.
 
Estava de tal maneira furuiso que nao poderia conseguir escrever sem ser malcriado, portanto, faco minha a sua resposta.
 
Tenho so a acrescentar que conheco pessoalmente casos de trafulhices, roubos, ignorancia, abusos de poder, etc.etc., de gente do quadro administrativo, tropa, policia, deaprtamento agricola, etc..
 
Vi vagoes de batata podre ser paga a preco normal para a tropa ( a explicacao era que era so para comprar, nao para comer ), casas ocupadas indevidamente pelo chefe da policia que queria poupar dilheiro da renda ( mesmo nao tendo direito a casa), Administradores a dar de comer a um pelotao meses a fio ( pois a comida militar nao chegava as areas onde estavam as tropas), etc. etc.
 
Nao se pode meter tudo no mesmo saco e, portanto, insultar os que nao o fizeram.
 
Eu poderia contar inumeras estorias da tropa ( de carreira e milicianos) de roubos, violacoes, assassinatos, cobardia, traicao, etc. generalizando e insultando tudo e todos, mas nao o faco. Isto porque houve muito boa gente que nao tem culpa nenhuma e se sentiria , com toda a razao, insultada.
 
O autor deveria medir as palavras antes de as publicar. A historia e feita com verdades e nao nao interpretacoes de uma so situacao ou generalisacoes, sobre pena de nao ser historia!!!
 
Um abraco.
 
Jose Sacadura

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Recommend  Message 39 of 44 in Discussion 
From: MSN Nicknamefangberna1Sent: 10/17/2004 6:01 PM
Vitor Passos,
 
Ja la fui varias vezes. Alias a minha vida nunca deixou de estar ligada a Africa, onde trabalho desde sempre.
 
Estou casado com uma africana e todos os meus filhos ( salvo uma) nasceram e foram criados em Africa (a ultimo em 1992).
 
O que vejo e miseria por todo o lado, fome canina, progressao de doencas, minas, extorsao, feitico,  roubo das riquezas pela classe politica e nao so, etc.. Talvez para voces isto seja equivalente a progresso e liberdade?!
 
Ze Sacadura
 
 

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Sent: 10/17/2004 7:32 PM
This message has been deleted by the manager or assistant manager.

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Recommend  Message 41 of 44 in Discussion 
From: MSN NicknameVPêSent: 10/17/2004 7:33 PM
 
Oi Sacadura:
                     Talvez possas ter razões para te enervares. Aconteceu também comigo muitas vezes. E Enervei-me mesmo. "Para vocês", dizes: Bem, eu não sei que pretendes dizer, generalizando ( e como condenas a generalização...).  Se há pessoa que não anda iludido em relação a Moçambique sou eu.
                     Tenho aconselhado todos e mais alguns a irem a Moçambique tomarem nota do que lá se passa. Não que aquilo nos diga algum respeito, mas apenas para ficarem com as ideias mais claras. Também tenho lá ido, por muito pouco tempo, mas que me dá para ver alguma coisa. Não é assim tão difícil de ver. Nem foi a ti que aconselhei a lá ir. Tenho acompanhado os teus textos, não iria acertar se te aconselhasse. Nada do que me dizes sobre aquele país é novidade para mim. Aconselho sim, aos que se dizem moçambicanos, aos que não fazem mais nada que moer no passado, que dêm lá um saltinho.
                     Tenho-me aqui deparado com muitas pessoas que branqueiam o passado, que ocultam e até se vangloriam de acções que terminaram naquilo que toda a gente sabe. Já por aqui foi escrito ( e também em LM/M) sobre tudo isso, em discussões absolutamente acesas e escaldantes, e esta discussão estava a ir em passos largos nessa direcção. A minha intenção foi a de tudo fazer para não se chegar lá da pior forma. Podes aqui expor as tuas razões, aliás, todos esperamos isso, podes contradizer, negar da forma mais convicta. Mas não pelo lado do confronto insultuoso. Só isto.
                   Vês muito bem, fome canina, corrupção, doença, miséria, luxo ostentatório de alguns, malandragem. Certíssimo. E também humilhação, falta de dignidade naquele povo sofrido, excluído na sua própria terra. Notei isso tudo e interroguei-me: " A quem interessou a independencia? Esta gente está melhor que antes?" Mas sou pela independencia de Moçambique. A única coisa mesmo que me enoja e sempre me enojou foram aqueles que tiraram partido de todas as situações, passando por cima de tudo e todos. E o que mais me enoja foi não terem sido coerentes e lá terem continuado. Ah pois, lá, passarem por aquilo que aquela gente passou também.
                  Hoje ninguém é racista, hoje todos trataram os mainatos como filhos e irmãos. Até   comiam com eles à mesa. Dito hoje.
 Ontem...só alguns. 
                  E fascistas de ontem revolucionários de hoje conheço eu muitos. Um deles até era meu vizinho. Por sinal até muito boa pessoa. Vá lá um tipo entender estas coisas...
                  Já tinha jurado nunca mais me meter nestas. Também me enervo. Também sei ver mentiras.
                                                      Abraço
                                                                         Victor

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Recommend  Message 42 of 44 in Discussion 
From: MSN Nicknamefangberna1Sent: 10/17/2004 9:14 PM
Vitor,
 
Ao contrario de possas pensar, nao nasci em Mocambique mas em Timor.
 
Cheguei a Mocambique, com 5 meses de idade, em Dezembro de 1947.
 
Fomos directos para Tete ( na altura nao mais de uma pequena aldeia, apesar do mone pomposo de vila), onde veio a morrer um irmao meu, por mau tratamento medico ( este senhor, que foi corrido da ordem por o ter feito, deu uma injeccao a 7 pessoas com a mesma seringa).
 
Cresci no mato e so fui a cidade, a Beira, quando tinha 7 anos. Andei de pe descalco e calcaozinho pelo mato fora e os meus companheiros eram exactamente os pretinhos locais, pois nao havia outros. Comiam, bebiam e muitas vezes dormiam em nossa casa.
 
Apesar de tudo isto, pois julgava eu que conhecia os pretos, nao conhecia Africa e os Africanos Pretos ( sim Africanos pretos pois eu tambem sou Africano e sou Branco). Estive enganado, tal como a maioria dos brancos estao, mais de quarenta anos. Os pretos sao o melhor que conheco em esconder o que pensam e a dar a saber ao branco o que eles acham que este quer saber. Sao tambem os melhores acessores de personalidade que conheco, pois em 5 minutos conseguem ver o perfil do branco. Afinal tiveram varios seculos de treino.
 
Hoje posso dizer que conheco BEM o africano preto e , alias sou chefe de aldeia eleito por eles e juiz de costumes, espanto-me com a ingenuidade demonstrada por alguns que, apesar de nascidos ou criados em africa, demonstram.
 
Um abraco.
 
Ze Sacadura 
 

Reply
Recommend  Message 43 of 44 in Discussion 
From: MSN NicknameVPêSent: 10/17/2004 9:50 PM
Oi Sacadura:
                     Numa qualquer das minhas muitas mensagens falo precisamente numa coisa que aqui referes. O facto de o "africano" muitas vezes afirmar aquilo que nem sente, seja por simples sobrevivencia ou mesmo gentileza. Senti isso ao forçar outras respostas que queria ver clarificadas. Para isso bastava encaminhar a conversa para o lado mais informal, mais familiar, aberto. Aí já se via mais genuinidade na conversa. E nunca me chateou nada ouvir aquilo que não me é desagradável. Sei muito bem filtrar o exagero, a "cassete" ou a mentira. O facto de ir acenando afirmativamente a cabeça não siginifica aceitação.
                   As vezes que estive no Moçambique pós-independencia fiz questão de saber junto de algumas pessoas, conhecidas e absolutamente desconhecidas, aleatoriamente, desde o gravatinhas até ao miserável o que pensavam sobre alguns items por mim seleccionados. Mais não fosse para poder saber em que teclas podia martelar e quais as que não poderia tocar nunca. Fiquei surpreendido umas vezes, abismado outras, triste, e também satisfeito. Afinal lá como cá e em qualquer lado as perspectivas são variadíssimas. Todos aqueles negros que se mostraram saudosos em demasia...desconfiei. Não me soou. Ainda por cima vestiam bem. Encontrei gente de trato afável, gente para quem eu era mais um na multidão e gente também que lá não me via com bons olhos. Algumas desconfianças perduram. Uma coisa constatei: racismo, pelo menos travestido noutras vestimentas, há lá e bastante. Que o digam os condomínios fechados, os carregadores de compras.... Racismo até entre negros, de negros para brancos (notório notório) bem, deixa-me estar calado senão começa o vinagre.  Como diz o velho ditado, no meio daquilo tudo venha o diabo e escolha.
                  Gente boa, boa, boa mesmo, encontrei fora da cidade. Lá como cá, a maior quantidade de marginais estão na cidade.
                  Voltando ao antigamente...e não generalizando. Então não houve muita gente que pendurada do alto das suas mordomias eram uns autenticos sacanas? A sociedade era muito estratificada, talvez já mais atenuadamente a partir do principio da década de 70, com o paraecimento de uma gerção mais nova, mais aberta e informada.
E não eram só sacanas em relação ao negro, o mau íntimo espalhava-se como a peste sobre quem não lhes estava nas graças.
                 Vai contando as tuas memórias. Verás que existem muitos mais pontos de encontro que julgas. 
                                                  abraço
                                                              Victor                                    

Reply
Recommend  Message 44 of 44 in Discussion 
From: MSN NicknameVICRISTO2Sent: 10/18/2004 7:24 PM

Meus Caros Amigos Moçambicanos

 <o:p></o:p>

Estive a ler as várias mensagens que foram motivadas por este conto sobre o Moçambique da era colonial.

 <o:p></o:p>

Como residente em Moçambique de 1964 a 1979, sendo de 1966 a 1970 militar da guarnição normal com comissões em Cabo Delgado (Palma) e no Niassa (Vila Cabral –Luissa), tenho também várias experiências que confirmam a opinião que me parece generalizada que houve de “tudo” no Quadro Administrativo e na “tropa”.

 <o:p></o:p>

Mas lembro-me bem de grandes Administradores de Posto e de Circunscrição, com trabalho exemplar de dedicação às populações.

 <o:p></o:p>

Gostaria de relatar aqui o grande pesar sentido por todos os militares então aquartelados em Palma aquando da morte por acidente doméstico (electrocussão), da esposa do Adjunto do Administrador de Circunscrição local.

 <o:p></o:p>

Era a única habitante branca da localidade e o seu infausto falecimento deixou-nos a todos muito pesarosos.

 <o:p></o:p>

Cumprimentos.

 <o:p></o:p>

Vítor Baião  


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