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General : Um pouquinho s/a História de Moçambique!
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From: MSN NicknameIsabel-F  (Original Message)Sent: 7/2/2004 11:06 AM

Alô MGM!

Bom Dia....

Deixo-vos aqui um "pouquinho", sobre a História de Moçambique!

Beijinhos,

Isabel


 

MOÇAMBIQUE

A origem do nome parece ter vindo de Mussa-bin-Mbiki, filho do sultão Bin-Mbiki, senhor da ilha;depois, os portugueses chamaram-lhe Moçambique.

                                                                                                                  



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From: MSN NicknameIsabel-FSent: 7/2/2004 11:06 AM


Moçambique
 
 

Ex-colônia portuguesa, Moçambique situa-se no sudeste da África. Possui uma extensa costa de 2.500 km, com belas praias e recifes de coral no arquipélago de Bazaruto, o parque nacional mais visitado do país. Dois grandes rios do sul do continente, o Zambezi e o Limpopo, percorrem Moçambique até desaguar no oceano Índico. Os quase 20 anos de guerra civil, terminada em 1992, devastaram a nação: deixaram 1 milhão de mortos e milhares de minas terrestres, que continuam matando e mutilando civis. Em 1996 termina a repatriação de 1,7 milhão de refugiados, a maior operação já realizada pelo Alto-Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur). Desde o fim do conflito, Moçambique tenta reerguer sua economia, com bom potencial na atividade pesqueira, extração de gás e mineração. A região tem uma das menores rendas per capita do mundo - apenas US$ 80 em 1996 - e 80% dos habitantes praticam a agricultura de subsistência. Embora o português seja o idioma oficial do país, apenas 40% da população fala essa língua.

Fatos Históricos
Moçambique é descoberto por Vasco da Gama em 1498. Os portugueses tomam posse da região costeira em 1505. No século XX, o movimento nacionalista surge na década de 50 e ganha impulso em 1962, com a criação da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), de orientação marxista, sob liderança de Eduardo Mondlane. A Frelimo inicia guerrilha contra os portugueses e, em 1964, conquista o norte do país. Mondlane é assassinado em 1969, no exílio, e substituído por Samora Machel.

Independência
O avanço da guerra anticolonial nos territórios portugueses da África reforça a crise da ditadura salazarista em Portugal. Com a Revolução dos Cravos, em abril de 1974, a administração colonial portuguesa desmorona. Moçambique obtém independência total em 1975, sob o governo marxista da Frelimo, chefiado por Machel. Meio milhão de brancos deixam o país, que se ressente do êxodo populacional e da evasão de mão-de-obra qualificada.

Guerra civil
A estrutura de mercado desmorona, sem que o governo da Frelimo consiga implantar o modelo econômico socialista. Para agravar a situação, entra em cena nos anos 70 a guerrilha da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), grupo anticomunista apoiado pelo governo branco da África do Sul, que passa a combater a Frelimo. Na década de 80, a seca e a continuidade da guerra civil provocam a fome em grande escala. Em 1984, o país assina com a África do Sul um tratado de não-agressão, logo violado pelo governo sul-africano, que mantém a ajuda à Renamo. Samora Machel morre em 1986 em um desastre aéreo e é sucedido por Joaquim Chissano. Seu governo reintroduz a agricultura privada.

Pacificação
Em 1990, a Frelimo abandona o coletivismo, institui a economia de mercado, legaliza partidos de oposição e abre negociação com a Renamo. As duas partes assinam um acordo de paz em 1992. A estabilização é difícil. A miséria é generalizada e a incidência de tifo e cólera é alta. Há minas terrestres em grande parte do território, dificultando o cultivo da terra. Em outubro de 1994 são realizadas eleições presidenciais e legislativas. Chissano vence com pouco mais de 50% dos votos e a Frelimo conquista 129 dos 250 assentos da Assembléia da República, ficando a Renamo com 112. Em 1996, cerca de 1,7 milhão de refugiados estão de volta a Moçambique. As eleições municipais de 1996 são adiadas sob protesto da oposição, que exige a criação do Poder Legislativo (Parlamento) nas 139 municipalidades e 394 regiões administrativas em que se divide o país. Para dinamizar a economia, tem início em 1997 a reforma do Porto de Maputo, da rodovia e da ferrovia que unem a capital a Johanesburgo (África do Sul), a 600 km de distância. Em abril de 1998, o FMI aprova nova redução da dívida externa moçambicana em cerca de US$ 1,4 bilhão. Por ausência de fundos para realizar a campanha eleitoral, a Renamo e outros 18 partidos boicotam as eleições municipais de junho de 1998, da qual participam apenas candidatos independentes, além da governista Frelimo.

Dados Gerais
Nome oficial: República de Moçambique
Capital: Maputo
Nacionalidade: moçambicana
Idioma: português (oficial), línguas regionais (principais: ronga, changã, muchope)
Religião: religiões tribais 47,8%, cristianismo 38,9% (católicos 31,4%, outros cristãos 7,5%), islamismo 13%, outras 0,3% (1980)
Moeda: metical
Cotação para 1 US$: 11.435,00 (jul./1998)

Geografia
Localização: sudeste da África
Características: planície litorânea estreita, planícies de Lourenço Marques e Beira (L), planalto central com colinas e montanhas (O), lago Malauí (NO)
Clima: tropical
Área: 799.380 km²
População: 18,7 milhões (1998)
Composição étnica: macuas 46,1%, tsongos, malavis e chonas 53%, outros 0,9% (1996)
Cidades principais: Maputo (931.600), Beira (298.800), Nampula (250.500) (1991)
Patrimônios da Humanidade: Ilha de Moçambique

Governo
República com forma mista de governo.
Divisão administrativa: 139 municipalidades e 394 regiões administrativas.
Chefe de Estado: presidente Joaquim Alberto Chissano (Frelimo) (desde 1986, eleito em 1994).
Chefe de governo: primeiro-ministro Pascoal Manuel Mocumbi (Frelimo) (desde 1994).
Principais partidos: Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), Resistência Nacional Moçambicana (Renamo).
Legislativo: unicameral - Assembléia da República, com 250 membros eleitos por voto direto para mandato de 5 anos.
Constituição em vigor: 1990.

Economia
Agricultura: pluma de algodão (18 mil t), caroço de algodão (36 mil t), cana-de-açúcar (278,9 mil t), mandioca (5,3 milhões de t), castanha de caju (60 mil t) (1997)
Pecuária: eqüinos (20 mil), bovinos (1,3 milhão), suínos (175 mil), ovinos (122 mil), caprinos (386 mil), aves (23 milhões) (1997)
Pesca: 30,2 mil t (1995)
Mineração: carvão (betuminoso: 60,6 mil t), bauxita (10,7 mil t), sal (40 mil t) (1995)
Indústria: alimentícia, têxtil, vestuário, bebidas, tabaco, química
Parceiros comerciais: África do Sul, Portugal, Índia, França, Espanha, EUA, Zimbábue

Relações Exteriores
Organizações: Banco Mundial, Comunidade Britânica, FMI, OMC, ONU, OUA, SADC
Embaixada: SHIS - QL 12, cj.7, casa 9, CEP 71630-275, Brasília, DF
tel. (061) 248-4222, fax (061) 248-3917

 
  
Fonte: Almanaque Abril CD-ROM 1999 - 6.ed
                                                                                                                  


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From: MSN NicknameIsabel-FSent: 7/2/2004 11:07 AM


 

Províncias de Moçambique

 

Cabo Delgado

Superfície: 77.867 km2

Habitantes: 1.525.634 (dados 2001)

Capital: Pemba

Principais Etnias:Macondes, Macuas

Locais de Interesse turístico: Pemba (antiga cidade de Porto Amélia), Arquipelago dos Quirimbes

Niassa

Superfície: 122.176 km2

Habitantes: 916.672 (dados 2001)

Capital: Lichinga

Principais Etnias: Macuas, Ajaua,Nianja

Locais de Interesse turístico: Lago Niassa, 

Principais Actividades Económicas: Produção de algodão, milho, sorgo, extracção de madeira, pedras semi-preciosas, etc.

 

Nampula

Superfície:78.197 km2

Habitantes: 3.410.141 (dados de 2001)

Capital: Nampula

Príncipais Etnias:macuas

Locais de Interesse turístico: Ilha de Moçambique (Património da Humanidade), Nampula

 

Tete

Superfície:100.722 km2

Habitantes:1.388.205 (dados de 2001)

Capital:Tete 

Príncipais Etnias:Nianja, Niungue

Locais de Interesse turístico: Igreja de Borama ( a 30 km de Tete), Barragem de Cabora Bassa ( a 2ª, de África).

 

Zambézia

Superfície:103.127 km2

População: 3.476.484 (dados de 2001)

Capital: Quelimane

Principais Etnias:Chuapos, Macuas.

Locais de Interesse turístico: Quelimane (catedral, mesquita, etc).

Principais actividades económicas: Chá, Copra, Camarão, Pedras Preciosas.

Principais actividades económicas: produção de caju, algodão, tabaco, pedras  preciosas e urânio.

 

Manica

Superfície:61.661 km2

População: 1.207.332 (dados de 2001)

Capital: Manica

Principais Etnias:Shone e Sena

Locais de Interesse turístico: Manica, Barragem de Chicamba Real.

Principais actividades económicas: extracção de ouro, mica, calcopirite, flurite, produção de tabaco, citrinos, produtos horticolas.

 

Sofala

Superfície:67.218 km2

Habitantes:1.516.166 (dados de 2001)

Capital: Beira (350 mil habitantes)

Principais Etnias:Sena, Ndau

Locais de Interesse turístico: Beira, Parque Nacional da Gorongosa (a 150 km da Beira), Reserva de Bufalos de Morromeu. 

 

Gaza

Superfície:75.450 km2

População: 1.266.431 (dados de 2001)

Capital: Xai-Xai

Principais Etnias: Changana

Locais de Interesse turístico: Parque natural do Banhime, situado junto aos Rios Limpopo e Changana.

Principais actividades económicas: algodão, caju, arroz e milho. 

 

Inhambane

Superfície:68.615 km2.

População: 1.326.848 (dados de 2001)

Capital: Inhambane

Príncipais Etnias:Tsua (Tsonga) e Chope

Locais de Interesse turístico: Parque Nacional do Zinave e Parque Nacional do Bazaruto.

 

Maputo

Superfície:23.576km2

População: Provincia: 1.003.992 . Cidade de Maputo:1.044.618 (dados de 2001).

Capital: Maputo (antiga Lourenço Marques)

Príncipais Etnias:

Locais de Interesse turístico: Maputo

Principais produções: citrinos, açucar, diotomite, basitomite e calcário.

                                                                                                                  


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From: MSN NicknameIsabel-FSent: 7/2/2004 11:07 AM


 

Principais Etnias de Moçambique

 

 

Numa posição estratégica da costa oriental de África, Moçambique tem sido ao longo dos tempos tem sido ocupada por muitos povos, apresentado um enorme mosaico de indivíduos de diferentes origens e culturas: africanos (negros e mestiços), árabes, indianos, europeus, etc

Os povos africanos que habitam actualmente Moçambique são incluídos no grande grupo dos Bantu, que povoa quase toda a África a Sul do Sahara. Dentro deste grupo há muitas sub-divisões, ou etnias.

 

Aianas
Tongas..É constituído pelos seguintes subgrupos: Changanas, Chopes, Tsuas e Rongas.Os Tongas (ou tsongas em inglês) chamam-se a si próprios de Vatsonga (plural) o Mutsinga (singular). 

Povo de agricultores e pastores do sul d Moçambique, foram os primeiros a emigrar para as minas da África do Sul no século XIX.Hoje estão presentes em Moçambique ( Maputo e Gaza), no Transval e no Zimbabué (Sul e no Este).

 

Batongas

Os Batongas ou Bitongas são em geral incluídos entre os Chopes.

Muchopes
Angones 

Macuas .É constituído pelos seguintes subgrupos: Lomuès, Chacas, Medos, Macondes, Podzos, Acherinas e outros.

Os Macuas-Lomués constituem a mais numerosa etnia de Moçambique (cerca de  três milhões de pessoas). Os macuas estão espalhados pela Tanzânia, Malawi, Madagáscar, Ilhas Seychelles e Maurícias (devido ao tráfico de escravos).

Os Macondes, muito conhecidos internacionalmente pelas suas esculturas.

Nhanjas. É constituído pelos seguintes subgrupos: Ajuda, Senga, Maganja, Auguro, Vanhungués e Atande. 

 

Os Swahilis localizam-se na região do Quionga e Quelimane, embora existam algumas comunidades mais a Sul de Moçambique. Tratam-se de populações africanas islamizadas, cuja cultura se estende ao longo de toda a costa oriental de África até Moçambique, incluindo os Camarões e Madagáscar. Foram os introdutores do Islamismo nesta região.Tiveram a sua época de maior florescimento no século XVI
                                                                                                                  


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From: MSN NicknameIsabel-FSent: 7/14/2004 2:12 PM

 


 

Cronologia de Moçambique

     
   

 

Início da Era Cristã A região de Moçambique é ocupada por povos bantos. 
Séc.VIII Os árabes desenvolvem um importante entreposto comercial em Sofala, de onde exportam ouro, ferro e cobre do reino do Zimbabué.
1489 Pêro da Covilhã foi o primeiro navegador português a chegar às costas de Moçambique
1498 Vasco da Gama desembarca na Ilha de Moçambique

Na região existem diversas cidades-estado administradas por árabes, como Quielimane e Catembe (Maputo).

1502 Segundo desembarque de Vasco da Gama na Ilha de Moçambique e fundação de uma feitoria. Moçambique fica até meados do século XVIII sob administração da India portuguesa.
1505 Fundação da Feitoria de Sofala
1507/8 Construção do forte de de São Gabriel na Ilha de Moçambique, que se torno no principal local da ocupação portuguesa em toda a costa.
1510 Feitoria na Baia do Tungue
1522 Construção da Igreja de Nossa Senhora das Muralhas
1540 Os portugueses estabelecem um entreposto comercial na povoação de Soyouna (Sena, nas margens do Zambeze)
1544 Fundação de uma feitoria portugues em Inhambane
1558 Inicio da construção da Fortaleza de São Sebastião na Ilha de Moçambique.
Séc.XVI Os portugueses ocupam muitos dos entrepostos árabes, e progressivamente avançam para o interior de Moçambique, atingindo o reino da Monomotapa no Zambézia.
1607 Ataque frustado dos Holandeses
1614 Fortaleza de S. Miguel de Chicoa
1629 O Reino da Monomapata aceita a soberania portuguesa. Construção de fortificações entre os rios Zambeze e Sanháti.
1671 É decretada a liberdade de comércio com a cidade de Moçambique. 
Fins XVII Instituição dos Prazos
1752 Subordinação directa de Moçambique à Coroa Portuguesa
1869 É abolido o tráfico de escravos nas colónias portuguesas 
1875 Na sequência o incremento das explorações mineiras no Transval (África do Sul) são estabelecidos os primeiros acordos para a exportação de mão-de-obra moçambicana.
1798 Lacerda e Almeida realiza uma expedição pelo rio Cunene, mas acaba por morrer no Cazembe (Zimbabué). 
1822 A Inglaterra tenta apoderar-se de Lourenço Marques (Maputo), apenas abandonando esta pretensão em 1875.
1869 Acordo com a Republica do Transval sobre os limites da fronteira sul de Moçambique. 
1884/5 Conferência de Berlim, na qual as potencias europeias dividem a África entre si. As fronteiras de Moçambique só ficam definidas em 1891.
1891 Inicio da criação das grandes companhias de Moçambique que gerem e controlam grande parte do território até final dos anos trinta do século XX. 
1894 Caminho de Ferro de Maputo à Fronteira do Tranval
A Alemanha evoca direitos de propriedade sobre a Baia de Quionga. Estes territórios só foram recuperados após a 1ª. Guerra Mundial (1914-1918).
1895 Mousinho de Albuquerque, prende Gungunhana, o chefe dos Vátuas, em Chaimite. Os Vátuas foi um dos povos moçambicanos que mais resistiu à ocupação colonial.
1897 Morte de Magiguane, o último dos grandes chefes tradicionais moçambicanos que se opunha ao colonialismo.
1899 Linha de Caminhos de Ferro da Beira até Untali (Rodésia Sul).Construção de outras linhas (Maputo a Goba na Suazilandia, Inhambane a  Inharrine).
1907 Transferência da capital de Moçambique da Ilha do mesmo nome, para o continente.
1910 Após a implantação da 1ª.República em Portugal (1910-1926), desencadeia-se um intenso esforço de desenvolvimento deste território (portos, vias de comunicação, escolas, plantações, etc).  
1910 Após a implantação da 1ª.República em Portugal (1910-1926), desencadeia-se um intenso esforço de desenvolvimento deste território (portos, vias de comunicação, escolas, plantações, etc).  
1916 Abril. O Corpo Expedicionário Português recupera Quionga, ocupada pelos alemães de 1894. 
1917 Revolta no Barué
  Invasão Alemã no Rovuna. Ataque a Muite  outras povoações.
1918 Linha de Caminho de Ferro de Maputo a Marracuene
1919 Criação do Liceu de Lourenço Marques, por transformação da Escola Prática Comercial de 5 de Outubro.
1922 Caminho de Ferro entre a Niassalandia e a Beira
1925 Prisão de 300 trabalhadores na sequência de uma greve geral. Edição da jornal operário, O Emancipador (Maputo). 
1929 A Ditadura que governa Portugal limita o poder das grandes companhias em Moçambique. 
Termina o contrato com a Companhia do Niassa (1894-1929), que detinha 25% do território de Moçambique. 
1937 Inicio de grandes obras de colonização (Planos sexagenais).
  Inicio das linhas áreas em Moçambique (Maputo a Germinston no Transval)
  Criação da Escola Técnica de Lourenço Marques (Maputo)
1938 Linha de Caminhos de Ferro do Limpopo
   
1941 Termina o contrato com a Companhia de Moçambique (1891-1941), a últimas das denominadas companhias magestáticas que controlavam 2 terços do território.
1947 Linha aérea de Maputo a Lisboa 
1948 Prisão em Maputo de centenas de negros que são deportados para S. Tomé e Princípe
1949 Fundação em Maputo, por Eduardo Mondlane e outros, do Núcleo dos Estudantes Secundários Africanos. 
1959 Fundação do MANU- União Nacional Africana de Moçambique
1960 16 de Junho. Massacre de Mueda (17mortos) 
Fundação em Salisbúria da UDENAMO (União Nacional Democrática de Moçambique)
A Assembleia Geral das Nações Unidas, a 14 de Dezembro, proclama a Declaração à Independência dos Territórios portugueses e Povos sujeitos ao Domínio Colonial  
1961 Abolição legal das diferenças de estatuto entre indigenas e assimilados (Dec.-Lei 43.893 (6 de Setembro).
  Condenação por 90 votos contra 3, pela Comissão de Tutela da ONU, da política colonial portuguesa (13 de Novembro) 
  Fundação no Malawi da UNAMI (União Africana de Moçambique Independente).
1962 Fundação da Frelimo, pela fusão de três movimentos de libertação (UDENAMU, MANU e UNAMI).Eduardo Mondlane é eleito presidente da Frelimo (25 de Junho).
I Congresso da Frelimo em Dar-es-Salam (23 de Setembro)
  Os anos 60 marcam um período de grande desenvolvimento económico em Moçambique. 
1963 Fundação de um novo movimento político denominado FUIPAMO (Frente Unida Anti-Imperialista Popular Africana de Moçambique (21 de Maio).
  Greve dos estivadores em Maputo, Beira e Nacala (Agosto).
1964 Inicio da Guerra de Libertação.As operações começam em cinco distritos: Cabo Delgado, Niassa, Tete, Zambézia e Moçambique, tendo falhado nas três ultimas..
1965  
1966 É dissolvido o Centro Associativo dos Negros de Moçambique (15 mil associados).
1967  
1968 Inicio da Construção de Cabora Bassa
Abertura de novas frentes de guerrilha da Frelimo nos distritos de Tete e Zambézia
1969 Conferência Internacional de Solidariedade para com o povos das Colónias Portuguesas e da África Austral, em Kartum (18 de Janeiro) 
  Assassinato de Eduardo Mondlane em Dar-es-Salam (3 de Fevereiro).
  Formação de um triunvirato formado por Samora Machel, Marcelino Santos e Uria Simango (Abril).
  Uria Simango é suspenso do triunvirato (5 de Novembro).
1970 Conferência Internacional de Solidariedade para com o povos das Colónias Portuguesas, em Roma (26 de Julho)
Os dirigentes dos principais movimentos de libertação das colónias portuguesas são recebidos em audiência pelo Papa Paulo VI (1 de Julho).
Nomeação de Samora Machel e Marcelino dos Santos para presidente e vice-presidente da Frelimo (14 de Maio). 
1972 A 16 de Dezembro, as tropas portuguesas cometem em wiriyamu (Tete), uma das piores chacinas desta guerra que travam contra a Frelimo. Uma aldeia inteira é exterminada. O massacre impressiona profundamente a comunidade internacional.
1974 25 de Abril. Derrube da ditadura em Portugal. Estão criadas as condições para o reconhecimento da Independência de Moçambique. 

 

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From: MSN NicknameIsabel-FSent: 7/14/2004 2:15 PM

 

Enviado: 6/7/2004 12:57

Moçambique

A Guerra de Libertação (1964-1974)

     
   

Guerra de Libertação (1964-1974)

Contexto Internacional

Os movimentos de libertação irrompem por todo o continente africano após a 2ª. Guerra Mundial (1939-1945). O fim do colonialismo, com a consequente independência de todas as colónias torna-se um dado adquirido. Este princípio foi consagrado, em 1945, no capítulo XI- "Declaração sobre os territórios não autónomos" -da Carta da Organização das Nações Unidas (ONU).Em especial, o segundo artigo desse capítulo, o 73º., era claro sobre a necessidade de rapidamente se proceder ao desenvolvimento de formas de auto-governo dos povos colonizados.A partir daqui sucederam-se as acções para a promoção do fim do colonialismo, a irrupção de guerras de libertação e a Independência de antigas colónias.

A ditadura que governa Portugal, à semelhança de faziam outros regimes democráticos europeus, procura resistir em vão a este movimento internacional. Os primeiros territórios a serem libertados foram os situados na India (Goa, Dão e Diu). No dia 18 de Dezembro de 1961, as tropas União Indiana invadem-nos e declaram-os parte integrante do país.

Em África, a primeira colónia portuguesa onde irrompe a guerra de libertação foi Angola (1961), seguindo-se Guiné-Bissau (1963) e depois Moçambique (1964).  

Moçambique

Os colonos brancos foram os primeiros a reclamaram a autonomia e mesmo a Independência de Moçambique. 

Os movimentos nacionalistas negros só surgem a partir dos anos cinquenta do século XX.  Dois acontecimentos são apontados como os tendo despertado: a greve dos estivadores em Maputo (1956), cuja sangrenta repressão causou a morte a 49 trabalhadores, e o massacre de Mueda (norte de Moçambique), em Junho de 1960, onde foram barbaramente assassinados 17 negros.

As primeiras organizações de libertação, a MANU (1959), UDENAMO (1959),  UNAMI (1961),  foram fundadas por emigrantes moçambicanos em colónias inglesas da África Oriental (Tânzania, Malawi,e Rodésia, respectivamente). Em 1962, por influência de Julius Nyerere (Presidente da Tanzânia), estas organizações fundem-se numa única frente de combate: a Frelimo, sob a direcção de Eduardo Mondlane (funcionário da ONU).

Embora da maioria dos dirigentes da Frelimo fosse do sul de Moçambique, os primeiros guerrilheiros são recrutados no norte, entre os macondes e os Nianjas, povos animistas que mantinham tradicionalmente uma relação conflituosa com os portugueses.

 

1964-1968

Dado o caracter tardio desta luta, as tropas portuguesas tiveram tempo para se reforçarem nas zonas consideradas mais perigosas: as que confinavam com a Tânzania. As outras fronteiras eram consideradas relativamente seguras. 

A luta armada inicia-se no norte de Moçambique, em Mueda, no dia 25 de Setembro de 1964. A Frelimo contava então com cerca de 250 guerrilheiros devidamente armados. Após o inicio da guerra, a forma brutal como os macondes e o nianjas foram tratados pelas tropas portuguesas, acabou por jogar a favor da Frelimo, que passou a contar com um largo apoio destas étnias.

A luta armada alastrou do "planato dos macondes", para as circunscrições de Palma, Mocimboa da Praia e Macomia, só parando no rio Messalo, onde se estendeu a etnia macua-lomué (islamizados). 

A Frelimo dirige-se agora para a região do Niassa, apoiando-se nas etnias ajauas e nianjas.

Em 1965 a Frelimo operava já na província do Niassa, ao longo do lago com o mesmo nome, ameaçando os terminais ferroviários da linha de Nacala. Dois anos depois, as tropas portuguesas confinam a acção da Frelimo a duas áreas: a Província de Cabo Delgado e o Nordeste do Niassa. A Frelimo afirmava então que possuía no terreno cerca de 8 mil guerrilheiros.

O lento avanço da libertação, acabou por provocar graves conflitos internos na Frelimo, debatidos no seu II Congresso realizado em 1968, no norte de Moçambique.

  1968-1970

A morte de Mondlane (1968) e o inicio das obras de construção da Barragem de Cabora Bassa (Outubro de 1969), marcam o inicio de um novo período.

O impasse militar em que havia caído a guerrilha, é ultrapassado pela concentração das acções militares na zona do zambézia, onde a barragem começou a ser construída. A repercussão internacional das acções aqui efectuadas era muito maior que em qualquer outra parte de Moçambique. A actividade destes guerrilheiros centra-se na minagem das estradas e do caminho de ferro Beira-Moatize, intimimação das populações no sentido de dificultar a construção da barragen.

A actividade da guerrilha estende-se lentamente à província de Tete, aproximando-se do Zambézia e da Beira.  

Neste período, agudiza-se a crise interna na Frelimo. Após a morte de Mondlane a direcção assumida por um triunvirato constituído por Uria Simango, Samora Machel e Marcelino dos Santos, sob a coordenação do primeiro. Em finais de 1969, Simango é expulso, devido a ter acusado os outros dirigentes de assumirem práticas autoritárias. 

 
  1970-1974

Em 1970, é nomeado o novo comandante-chefe das forças armadas  Moçambique, Kaúlza de Arriaga. Em declarações públicas promete acabar com a Frelimo.

Entre as suas medidas constam as seguintes:

Envolvimento da sociedade civil no esforço militar. Este envolvimento passava pela organização de milicias civis, utilização militar da aviação civil, transportes públicos, hospitais,etc. 

Reforço da instalação de aldeamentos estratégicos. Estes aldeamentos, muitos fáceis de controlar, visavam impedir o contacto dos guerrilheiros da Frelimo com as populações locais;

Africanização das forças armadas. Em 1974, por exemplo, o exercíto português era constituído por 20 mil tropas europeias, 40 mil africanas. Em algumas unidades, eram compostas por 90% de africanos.

Criação de pequenas unidades militares, constituídas essencialmente por africanos. Estes Comandos e Grupos Especiais (GEs), lançados a partir de 1971, eram dotados de grande autonomia e flexibilidade.   

Kaúlza de Arriaga ficará ligado a duas importantes campanhas militares, com as quais pretendeu afastar de vez, os guerrilheiros, para lá de fronteiras de Moçambique: "Fronteira" e "Nó Górdio" (1972) 

Estas acções estiveram longe de ter os resultados esperados. 

Frelimo, embora limitada nas suas acções, continuou a fustigar o exército português. O seu objectivo é ganhar a guerra pelo desgaste das tropas portuguesas.

A seu favor, passou a jogar o facto do exercito português ter que se dividir  para proteger o empreendimento de Cabora Bassa. Aproveitando a receptividade da etnia maravi, a Frelimo procura agora penetrar na Zambézia e no planalto do Chimoio (Manica), conduzindo a guerra mais para sul.

Em 1972, a Frelimo, ultrapassava o rio Zambézia, conseguindo infiltrar-se de forma mais regular na Província de Tete. No ano seguinte, ataca a estrada que liga a Beira à Rodésia (Zimbabué).O posto de turismo do Parque da Gorongosa é igualmente atacado. Em Janeiro de 1974, mata a mulher de um agricultor europeu em Vila Manica. A população branca da cidade da Beira entra em pânico. Em grandes manifestações nos dias 17,18 e 19 acusa o exército de nada fazer perante o alastrar do conflito para sul. 

A Frelimo, em 1974, afirma que controla cerca de 30% do território. O exercito português apresenta número muito diferentes. Uma coisa é certa: as suas acções continuavam concentradas no Norte de Moçambique e na região de Cabora Bassa. As acções a sul, apesar do seu impacto junto da comunidade branca (200 a 250 mil pessoas), não passavam de actos esporádicos num vastíssimo território. 

Apesar de ter sido a mais longa guerra que um país europeu travou em África, o número de mortes de ambos os lados, comparativamente a outras guerras é considerado muito baixo.

 

 
  25 de Abril 1974-27 de Julho de 1974

A primeira tentativa de derrube da ditadura em Portugal, em Março de 1974, trás um animo novo aos guerrilheiros da Frelimo. O número das suas acções militares que estavam em regressão, começam a aumentar. Após o 25 de Abril de 1975, com a queda da Ditadura, a Frelimo intensifica ainda mais a luta armada. Encontra cada vez mais pela frente um exercito desmoralizado e que se recusa a combater.



 


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From: MSN NicknameIsabel-FSent: 7/14/2004 2:16 PM

 

Guerra Civil em Moçambique (1975-1992)

A Independência, 25 de Julho de 1975, foi o inicio não de uma Era de prosperidade, mas de um conflito aberto que degenerou rapidamente numa catástrofe: uma longa guerra civil que fez mais de um milhão de mortes e quatro milhões de deslocados, destruindo todas as estruturas do país. Em vez do progresso, Moçambique, tornou-se um dos países mais pobres do mundo, vivendo de ajudas da comunidade internacional.

Quais as causas desta tragédia?  Vejamos algumas das mais referidas desta horrível tragédia.

 

Colonialismo

Para muitos moçambicanos, a principal causa continua a ser atribuída ao colonialismo português: Portugal não teria preparado devidamente os negros para assumirem o poder em Moçambique. Trata-se de um argumento afinal de contas extensível a todas as colónias europeias.

Na verdade, a lógica de administração desta colónia não era diferente de qualquer outra colónia europeia: - Acima de tudo procurava-se perpetuar o domínio destes territórios pelas metrópoles.  No caso de tal se revelar difícil ou impossível de manter, o objectivo passava a ser a sua transferência para os brancos locais, aí nascidos ou emigrados. A colonização implicava que os "saberes" e "saberes-fazer" essenciais para o funcionamento da economia, fossem na pratica monopolizado pelos brancos.

O sistema de ensino destinado aos negros, visava sobretudo torná-los aptos para servir o próprio sistema colonial, integrando-os nos valores coloniais da metrópole. De acordo com as necessidades de cada colónia, o sistema era mais ou menos desenvolvido, mas sem nunca colocar em causa o domínio dos brancos.

Foi por esta razão que todas as colónias que acederam à Independência, nomeadamente em África, após a 2ª. Guerra Mundial, manifestaram uma enorme falta de quadros para assegurarem a respectiva administração do Estado e da estrutura produtiva (empresas, fazendas, etc.). Moçambique não foi nenhum caso excepcional. O problema não está todavia apenas aqui.

A seguir à Independência, a Frelimo, não tardou em hostilizar os brancos que na sua maioria haviam decidido ficar. As suas empresas e terras foram nacionalizadas,etc. Promoveu a exaltação dos valores rácicos, mesclados de nacionalismo africano. O resultado foi a debandada em massa dos brancos (1975-1976). Na sua maioria estes acabaram por temer o pior: um massacre idêntico aos que em África ocorrem com alguma frequência desde os anos cinquenta do século XX.  

Esta situação acabou por agravar a situação no país, dada a raridade de quadros.

  Crenças e Estruturas Tradicionais

A Igreja Católica foi identificada com o colonialismo, e não tardou em ser ostracisada. As suas escolas e outros bens foram nacionalizados. O clima era de intimidação e assim se manteve durante anos e anos. 

Neste processo, apenas a religião islâmica parece ter sido poupado, o que terá contribuído para a sua expansão em Moçambique. 

As estruturas tradicionais (chefes locais) nas várias étnias, sobretudo depois de 1977, foram igualmente secundarizadas e colocadas a ridículo.  

O resultado foi um continuo processo de desagregação social, o aumento das tensões internas provocado por um contínuo afrontamento das crenças e estruturas tradicionais do país.

 
  Ideologia Marxista-Leninista-Maoista

A Frelimo, sob a direcção de Samora Machel, desde os anos 70 que se aproximava de posições pró-chinesas (maoistas).Estas posições a seguir à Independência evoluem para uma adesão à ideologia marxista-leninista, e aproximação ao bloco da ex-União Soviética. O III Congresso da Frelimo (1977), acaba por consagrar esta orientação, assim com o projecto da construção de um Estado Socialista e a criação de um Homem Novo.

O modelo da nova sociedade, era segundo Samora Machel, o experimentado nas Zonas Libertadas durante a guerra colonial. Na sequência destas posições são tomadas um conjunto de medidas, tais como:

Planeamento centralizado. Tudo passa pelo Estado, e este confunde-se com o Partido (Frelimo) que tudo controla e dirige. Quem ousa colocar em causa o Partido é rótulado de ignorante, tribalista, traidor, colonialista, etc., e reenviado para um campo de reeducação inspirado nos modelos chineses, soviéticos ou cubanos;

Aldeias comunais. Os aldeamentos tradicionais forma substituídos por um modelo esteriotipado definido pelas cúpulas do Partido (Frelimo). Em cerca de 5 anos, mais de 2 milhões de camponeses foram transferidos para estas aldeias construídas em lugares definidos pelo Estado, perdendo deste modo as suas raízes à terra onde haviam nascido.

O entusiamo revolucionário inicial cedo acabou por dar lugar à intriga entre os dirigentes, ao despotismo dos membros do Partido, à paralesia da máquina do Estado.

A população desapossada das suas aldeias, transferida à força para terras e aldeias sem história, acaba numa surda revolta apoiando todos aqueles que querem derrubar o novo regime.   

 
  Linha da Frente

A seguir à Independência, de forma unilateral Moçambique, resolve aplicar integralmente as sanções decretadas contra a Rodésia, encerrando as fronteiras, fechando os portos, linhas de caminho de ferro e estradas aos produtos de e para este país. Moçambique torna-se igualmente na principal base para os guerrilheiros da ZANU, o movimento nacionalista que combate o regime branco da Rodésia (Zimbabué)

Moçambique apoio o ANC no seu combate contra o regime branco na África do Sul.  

O preço a pagar por estas posições, como era de esperar seria demasiado alto. A reacção destes países não se fez esperar. A Rodésia promoveu um movimento de guerrilha, a Renamo. A África do Sul, fechou as portas à preciosa emigração de moçambicanos para as minas do transval. 

A sobrevivência de Moçambique passou a estar ligada ao rápida queda dos regimes brancos da Rodésia e da África do Sul, assim como aos crescentes apoios vindos do ex-Bloco da União Soviética.  

 
  Renamo

A Renamo foi de inicio um grupo de mercenários recrutados pelos serviços secretos da Rodésia, onde tinha aliás a sua base de apoio. O seu objectivo era desestabilizar o Governo de Moçambique, obrigando-o a recuar nas suas posições e eventualmente a provocar uma mudança de regime. As suas acções eram marcadas por uma enorme ferocidade: massacres de populações, destruição de infra-estruturas, etc. A imprensa internacional, alinhava com a Frelimo, classificando a Renamo, como "Bandidos Armados", cujo principal actividade era espalhar o terror entre as populações, matando, roubando, destruindo tudo o que não conseguiam levar e violando as mulheres que encontravam.

Apesar de ter cessado o apoio da Rodésia, em 1980, a Renamo prosseguiu a sua actividade, transferindo a sua sede para a África do Sul. A guerra civil devastava em meados dos anos oitenta todo o território moçambicano. 

O Acordo entre Moçambique e a África do Sul, em Inkomati, acabou por não limitar a acção da Renamo. Muito pelo contrário. Esta contava com um crescente apoio da população, o que lhe permitia actuar em todo o território moçambicano, não carecendo de grandes apoios externos. 

No plano internacional, a Renamo deixa de ser vista como um grupo de criminosos, para ser encarada como um grupo de combatentes da liberdade contra os regimes marxistas. 

 
  A Guerra Civil terminou, em 1992, sob a égide da Igreja Católica. O resultado de 27 anos de lutas foi um país devastado, uma população esfomeada vivendo de ajudas distribuídas pela comunidade internacional. Esta é a única conclusão que recolhe a largo consenso.


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From: MSN NicknameIsabel-FSent: 7/14/2004 2:17 PM

 

Geografia de Moçambique

     
   
 

 

 

 

Localização Geográfica

Moçambique está situado na costa

sudoeste de África, numa posição estratégica dado que funciona como uma porta de entrada para  seis países, protegendo os flancos da África do Sul e do Zimbabwe. Possui fronteiras a norte com a Tanzânia, Malawi e Zambia, a oeste com o Zimbabué e a África do Sul e a sul também com este país.

 
 
Costas

As costas de Moçambique são geralmente baixas, com poucos recortes, arenosas e por vezes rochosas e coralíferas, em especial na zona sul. Destacam-se alguns incidentes e ilhas, desde a foz do Rovuma até ponta de Ouro: Cabo Delgado, baías de Pemba e Fernão Veloso, ilhas de Ibo, Moçambique, Angoche e Bazaruto, cabos de S. Sebastião, das Correntes e de Santa Maria, baia de Maputo e ilha de Inhaca.

 

  Solos

A constituição do solo de Moçambique é variável.

Na parte meridional é arenoso, avermelhado ou branco, excepto nos vales dos rios, onde se encontram terras de aluvião.

Na zona central a terra é escura e argilosa, por vezes pantanosa.A região de Tete, interior e bastante quente, tem bom solo e é também rica sob o ponto de vista mineral, já que nela se encontram minas de carvão. 

Na região de Nampula, o solo, nos intervalos das formações montanhosas, é leve e escuro, bastante fértil.

Na região mais a Norte e até à fronteira da Tanzânia, aparecem de novo as areias coradas de vermelho pelo óxido de ferro que contém.    

 
  Relevo

O relevo de Moçambique, pode ser dividido em quatro regiões principais, conforme as médias de altitude que se apresentam.

A Zona litoral (até 200 m) abrange quase toda a metade da área do país.

A zona montanhosa (1000 a 2500 m) ocupa uns 10%.

As duas restantes zonas correspondem aos planaltos médios (200 a 600 m) e dos altiplanaltos (600 a 1000 m).

As principais cadeias orográficas são: a cadeia dos Libombos, a escarpa de Manica e Sofala, os altiplanos de Marávia-Angonia, a cadeia Chire-Namúli e a cadeia Maniamba-Amaramba. O monte Binga, em Manica e Sofala, tem 2453m de altitude.

De um modo geral, o território Moçambicano dispõe-se em anfiteatro sobre o indíco. As formações montanhosas perdem a sua altitude à medida que se aproximam da costa.

 
  Bacias hidrográficas

A disposição do relevo determina o escoamento das águas. Os cursos de água escasseiam no sul e abundam no norte.

As principais bacias hidrográficas são de norte para sul, as do Rio Rovuma, Lúrio, Ligonha, Zambeze, Púnguè, Save, Limpopo e Incomati.



 


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