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General : VIAGENS PELO MÉXICO - de Victor Hunter - Final
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From: MSN NicknameAntonioLourenço54  (Original Message)Sent: 1/25/2007 6:44 AM

UMA VIAGEM PARA VER AS BORBOLETAS MONARCA

Por: Victor “Hunter”

 

da série “Viagens por México”

Final

Era notável o baixo que eram as portas, mas depois soube, como em Espanha, os frades faziam-nas assim para que à entrada do convento, uma pessoa fosse obrigada a dobrar as costas e fazer uma reverência em sinal de respeito ao lugar e a Deus, aqui usaram o mesmo costume.

Comi num restaurante que também dava para a praça principal e depois de comer, dirigi-me ao hotel para carregar as minhas coisas no “fantástico Carocha”, que se portava divinamente bem depois de 1100 kms percorridos até a esse lugar, quase todos por estradas de serras altíssimas.

 

Saí de Uruapan, atravessando a estrada da montanha, em direcção à Vila de Paracho, em direcção à Vila de Paracho, já em rumo a Guadalajara, onde pensava chegar já entrada a noite.

A 25 kms ao Norte da Cidade de Uruapan, pela estrada número 37, está a povoação de Paracho, na base de um extinto vulcão que alcança os 3.324 metros de altitude, ao que se pode ascender num trajecto de aproximadamente 5 horas.

Os paisagens aldeões, cheios de bosques e florestas de coníferas, são todo um espectáculo desde a alturas. Isso não era para mim, como disse atrás, pois nunca soube subir bem. Nunca me dei bem com as subidas a grandes altitudes. Preferia o plano das grandes savanas a que fui habituado, no meu, já tão longínquo Moçambique.

Ao lembrar-me agora daquela terra maravilhosa, e ao descrever estas terras de México, senti-me como que se estivesse a atraiçoar um pouco a minha amada “Pérola do Índico”. Era como que se eu tivesse sido obrigado a separar-me de uma mulher, a que eu adorei toda uma vida, e que pelas circunstâncias do destino, me tivessem feito encontrar outra, com quem compartia agora a minha vida, à vinte e quatro anos, sem nunca esquecer a “anterior”.

 

Saí de Uruapan, atravessando a estrada da montanha

Mas não podia deixar de pensar, que durante estes anos, também aprendi a amar a esta terra que me deu “asilo” e um lar, quando mais necessitei deles.

Paracho seria quase a última povoação interessante que encontraría antes de Guadalajara, pois o meu plano era ir ao encontro da auto-estrada que vai de Guadalajara a Cidade de México, e essa não atravessa nenhuma povoação. Ao entrar na auto-estrada, seria um contínuo correr até a minha casa.

Em 1754 era conhecida como São Pedro de Paracho e era cabeceira do priorato que se compunha de nove povoações: São Gerónimo Aranza, Santa Maria Cheranhahtzincurin, Santa Cruz Tanaco, São Bartolomeu Corucho, Santa Maria Urapicho, Santiago Nurio, São Miguel, São Mateus e o próprio São Pedro de Paracho.

O povo estava habitado por 367 pessoas e todo o priorato tinha 1.425 almas. Em 1831, se lhe outorgou a categoria de município.

Em 18 de Janeiro de 1862 se lhe concedeu o título de Vila, com o nome de Paracho de Verduzco, em honra ao insurgente Don Sixto Verduzco.

Então aproveitei entrar em Paracho para conhecer tão típica e conhecida vila, por ser o lugar onde há muitas fábricas de violas e, por isso, é chamada a capital das guitarras, (violas para nós), em todo o México.

Há verdadeiras maravilhas; guitarras que já são famosas no mundo pelo som que elas podem produzirem em mãos virtuosas.

Há uma especialmente a que chamam a guitarra “La Crema”, que pode custar de 3.500 dólares para diante. Segundo o dono, muito poucas destas guitarras especiais, são feita cada ano, pois somente se fazem por pedido.

Fazem outras mais baratas, mas noutras oficinas, que não são as da “La crema”.

Isto é como nós os caçadores, podemos atirar com uma espingarda aos búfalos, que pode custar 700 dólares, por exemplo uma Remington, ou atirar com uma Holland & Holland que custa cerca de 80.000 L.E. (sim oitenta mil libras esterlinas, e pagas por adiantado na H. & H. da Bond Street em Londres, ou mais, dependendo do calibre).

No povo por todos os cantos há lojas e fábricas de guitarras. Passeei um pouco para esticar as pernas e conseguir algumas fotografias, para continuar com a viagem depois de tomar um refresco nesta pitoresca vila.

Outra vez continuei pela estrada 37, com intenção de chegar o mais rápido possível à auto-estrada.

Ía correndo pela estrada a uns 110 kms hora, quando ouvi um estrondo: era uma roda traseira que se tinha rebentado, consegui controlar bem o carro e encostei-me à margem da estreita estrada de asfalto. Baixei-me a ver, o que tinha passado e vi que todo o piso do pneu tinha-se desprendido totalmente, e o pneumático tinha rebentado.

Comecei a baixar o macaco e a chave de rodas e quando tratei de levantá-lo o asfalto que estava esboroando-se fez com que o carro caísse sobre ele, sem que eu o pudesse tirar do lugar onde estava. Tinha ficado preso com o peso da Carocha. Não demorou muito que parasse um carro e me perguntou se necessitava ajuda. Disse-lhes se poderiam fazer o favor de mandar-me um “llantero”, assim se chamam os que arranjam os pneus que geralmente estão ao lado das estradas, num povo que se via mais adiante.

Não demorou 20 minutos e chegou um jovem com a sua camioneta que levantou o carro, desmontou a roda e, pôs a que levava sobresselente.

Como não quería seguir viagem sem levar outro pneu de reserva, fui até ao povo, onde ele me vendeu um para que pusésse seguir viagem.

Chamou-me a atenção que á entrada desse povo, havia um letreiro que dizia: “Venham a festejar connosco os 460 anos da fundação do nosso povo”. Então tratei de averiguar como e porquê era um povo tão antigo do qual nunca tínhamos ouvido falar.

Durante a etapa da Independência de México, o “Pai da Pátria” o sacerdote Don Miguel Hidalgo y Costilla, na sua viagem de Valladolid (Morélia) a Guadalajara, estabeleceu o seu quartel no Povo de Tlazazalca, durante uns dias, e por isso esse povo leva toda essa informação no seu escudo de armas, que mostra ao visitante com muito orgulho patriótico.

 

É uma povoação que tem nascentes dos quais brota uma água fresca e pura entre as pedras, que se aproveita para água potável, regadio, centro recreativo e balneários, pela sua beleza natural. Diz-se que os índios que habitavam esta povoação lhe chamavam “Olho de água da Audiência, por ser o lugar onde antigamente o Corregedor espanhol, recebia as visitas do Rey de Michoacán.

Debaixo do escudo da Vila, está um listào no qual indica o ano de 1545 em que foi fundado o povo de Tlazazalca, pelo grande construtor de hospitais, o Frade Franciscano, Frei João de São Miguel, e se lê o nome assinado de San Miguel de Tlazazalca, por ordem ditada do Vice-Rei, Don Luís de Velasco, numa ordem escrita com data de 3 de Abril de 1593.

Escrevi tudo isto, porque nunca tinha ouvido falar deste pequeno povo com tanta história e, que não está tão longe da cidade onde vivo, que é Guadalajara.

Já era muito tarde, quando chegei ao cruzamento da auto-estrada que me levaria a casa em Guadalajara.

Depois de um par de horas de caminho, cheguei à porta da casa depois de ter passado uma semana numa viagem, que para mim foi inolvidável.


Victor “Hunter”

México 27 de Dezembro de 2005



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From: MSN NicknameIsabel-FSent: 1/26/2007 9:21 AM
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