Após o 25 de Abril de 1974.
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(continua)
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Após esta data, foram sendo feitas alterações ao sistema de ensino das quais as principais foram aumentar o ensino obrigatório para 9 anos de escolaridade e a eliminação do ensino técnicoprofissional, industrial, comercial, agrícola, etc, tendo-se optado pela instauração de um sistema de 12 anos a que se chamou de ensino unificado.<o:p></o:p>
As justificações foram muitas mas uma sobressai.<o:p></o:p>
A de que era necessário acabar com o classismo do ensino.<o:p></o:p>
Ou seja, em nome de uma ideia correcta, cometeram-se erros que ainda hoje os estamos a pagar e será muito difícil corrigir.<o:p></o:p>
De facto, eliminou-se do sistema de ensino a sua parte cara, pesada para o orçamento.<o:p></o:p>
O ensino técnico era caro.<o:p></o:p>
Criar oficinas com máquinas sempre actualizadas e bastante caras, fornecer essas mesmas oficinas de material para os trabalhos a realizar pelos alunos, ter laboratórios de electricidade, mecânica, etc…era caro.<o:p></o:p>
Muito caro mesmo.<o:p></o:p>
Assim, em nome de se tornar o ensino igual para todos, como que num passe de mágica, o governo alijou do orçamento para a educação uns milhõezitos…<o:p></o:p>
Convenientemente hipócrita…..<o:p></o:p>
Agora, querem-se técnicos e não há….<o:p></o:p>
E o ensino, o tal unificado, tornou-se numa fábrica de pré desempregados, sem qualificação específica de jeito e sem validade absolutamente nenhuma para os empregadores.<o:p></o:p>
Agora fala-se no salto tecnológico, na formação técnica, no blá blá blá….mas recriar o ensino técnico como havia….”já era!”….<o:p></o:p>
Agora pretende-se dar uns cursos complementares para pôr toda e gente com o 12º ano de ensino e com formação técnica.<o:p></o:p>
Só quem ainda acredita que a cartola do mágico tem cem coelhos lá dentro é que pode acreditar nisso!<o:p></o:p>
Não acredito na formação técnica fora dos muros da escola!<o:p></o:p>
Ao deixar a formação técnica ao exterior, vamos abrir a porta a muita firma séria mas também a uma série de empresas oportunistas que, oferecendo-se para dar formação profissional vão é arranjar mão-de-obra barata e sempre disponível!<o:p></o:p>
Além de que o padronização do ensino que se obtém numa escola se torna impossível fora dela.<o:p></o:p>
Mas cá estaremos para ver, daqui a uns anitos chegarem à brilhante conclusão de que, afinal a aposta foi mal feita.<o:p></o:p>
Mas não há inocentes em tudo isto.<o:p></o:p>
Os sucessivos governos governos que foram dando cabo do ensino,<o:p></o:p>
Os professores que, organizando-se numa verdadeira e poderosa corporação se interessaram mais em reduzir horas de trabalho, aumentar os ordenados para níveis que hoje, ao consultar o site da Caixa Nacional de Pensões se verifica serem muitíssimo bons se comparados com a enorme maioria dos salários portugueses ( e ainda bem!) e em obter toda uma série de regalias que a maioria dos trabalhadores deste País não tem.<o:p></o:p>
Veja-se o absentismo na classe.<o:p></o:p>
Veja-se a pouca competência profissional de alguns e o demissionismo de outros.<o:p></o:p>
Há algumas boas e honrosas excepções!<o:p></o:p>
Eles que me desculpem mas esta é a verdade.<o:p></o:p>
Os pais que, ou por não saberem, ou por não quererem saber ou pela força da vida atarefada que levam nunca ligaram muito à questão.<o:p></o:p>
Os alunos porque, sendo as vítimas de tudo isto nunca foram tidos nem achados…<o:p></o:p>
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O actual estado de indisciplina generalizada, medo e insucesso escolar<o:p></o:p>
(continua)<o:p></o:p>