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General : "VIM DE UM PAÍS DISTANTE" - A BIOGRAFIA DO PAPA
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From: MSN NicknameMoreiraa11  (Original Message)Sent: 4/11/2005 3:28 PM
Continuação.............
 
OBITUÁRIO: UM HOMEM DE AÇÃO E A NOVA ERA DO PAPA


The New York Times

Robert D. McFadden

Política e Religião

Perto de casa, o papa freqüentemente se encontrou em divergências com os italianos. Muitos o criticaram muito por liderar uma campanha em 1981 para impedir a lei liberal de aborto da Itália. Os eleitores confirmaram os direitos ao aborto, e muitos se ressentiram pelo o que chamaram de sua interferência.
 

Em 1985, o governo italiano e o Vaticano assinaram uma concordata histórica desligando o catolicismo romano como a religião do Estado; o papa disse que mostrava o respeito da igreja pela independência da Itália, apesar de se reservar o direito de falar sobre questões nacionais. Em 2002, João Paulo se tornou o primeiro papa a visitar o Parlamento Italiano, e usou a ocasião para pedir decretos de políticas para encorajar e apoiar famílias italianas maiores.

Ele também foi criticado dentro e fora da igreja por sua oposição a “teologia da libertação”, uma escola de pensamento originada na América Latina, mas também influente em outros lugares. Misturando temas bíblicos com o marxismo e às vezes análises econômicas leninistas, ela era uma base de justificação para o envolvimento do clero católico em batalhas políticas por justiça aos pobres na América Latina e em outras partes do terceiro mundo.

Durante anos, João Paulo tentou desenhar uma delicada fronteira entre o envolvimento político e o religioso, dizendo que a preocupação por justiça social era uma função de direito do clero católico, mas que ações políticas diretas violavam a vocação de freiras e padres. Lutas de classes, ele disse, não pode ser a solução da igreja para a injustiça social.

Particularmente na América Latina, a resistência do clero a essa doutrina de não-envolvimento foi forte. O reverendo Leonardo Boff do Brasil, um líder do movimento, foi silenciado por Roma por um ano; em 1992 ele desistiu do sacerdócio em protesto às restrições do Vaticano a textos de clérigos e membros das ordens religiosas.

Até mesmo alguns membros da Cúria, a administração central do Vaticano, ficaram desencantados com o papa. Falando por trás das capas do anonimato, alguns alegaram que ele era um mal administrador, negligenciava papeladas necessárias, passava muito tempo viajando e era “showman” demais.  Alguns prelados do Vaticano diziam à portas fechadas que ele era sóbrio, sério, enigmático, às vezes quixotesco, um homem que escondia seus sentimentos e não falava muito.

Críticos diziam que ele dava muita atenção à Polônia e ao Leste Europeu e não muita à Europa Ocidental no começo do seu papado. Mas sua recusa em aceitar a Cortina de Ferro contribuiu poderosamente para a queda do Comunismo, e nos anos posteriores ele geralmente apoiou a unificação política e cultural da Europa. Ele também fez da reconciliação religiosa uma grande preocupação.

Houve grandes gestos ecumênicos. Além de sua visita a sinagoga em Roma, ele abraçou o arcebispo de Canterbury na Catedral de Canterbury na Inglaterra em 1982 e rezou com outro arcebispo de Canterbury no Vaticano em 1996. Em 2003, ele encontrou outro arcebispo anglicano, Rowan Williams, no Vaticano, e o alertou contra a ordenação de padres gays, uma questão que dividiu profundamente os anglicanos. A Igreja de Roma e a Igreja da Inglaterra estudaram forma de acabar com um racha de 450 anos, mas nada foi resolvido.

O papa também abriu diálogos com os Ortodoxos do Leste. Em maio de 1999, ele visitou Bucareste, Romênia, e rezou com o Patriarca Teoctist; foi a primeira viagem papal a um país predominantemente ortodoxo em quase mil anos. O cisma que manteve os católicos romanos e os cristãos ortodoxos divididos desde 1054 não acabou, mas a visita foi um marco ecumênico.

Seis meses atrás, o papa visitou a Geórgia, no Cáucaso, outro país predominantemente ortodoxo. Ele foi recebido calorosamente pelo presidente Eduard Shevardnadze, o ex-primeiro-ministro soviético que também ajudou na queda do comunismo, mas a sua recepção pela Igreja Ortodoxa georgiana foi reservada.

Na mesma viagem, a última do milênio, o papa foi à Índia, onde os cristãos, uma pequena fração da população, foram alvo de espancamentos, assassinatos e outras perseguições. Ele se encontrou com líderes religiosos hindus, muçulmanos e sikhs, mas não ganhou apoio ao seu apelo por tolerância da esperança de sua igreja para avangelizar a Ásia.

Ele realizou outros diálogos interfé. Em 1883, ele se uniu ao serviço luterano e elogiou Martin Luther no 500o aniversário do líder reformista. Mas nenhum grande acordo ou mudança eclesiástica surgiu desses contatos, e a maioria dos teólogos diz que João Paulo, por toda a sua boa vontade em relação a outras fés, não avançou substancialmente a causa ecumênica.<o:p></o:p>

Uma sucessão surpreendente

Ele era um poeta, autor dramático, e escritor de muitos livros e centenas de artigos, um filósofo, um debatedor formidável, ator, atleta com uma paixão por esquiar, nadar e escalar, professor de ética social e um lingüista fluente em sete línguas e apto em uma dúzia. Mas na época de sua eleição como o 264o bispo de Roma, o papa era quase desconhecido fora da hierarquia da igreja e da Polônia, onde era padre desde 1946, o arcebispo de Cracóvia desde 1964 e cardeal desde 1967.

Nunca antes houve um papa eslavo. O último pontificado de um não-italiano – de Adrian 6o, um holandês de Utrecht – havia terminado 455 anos atrás, na era da rebelião de Luther na Alemanha. Desde então, houvera 45 italianos no trono de São Pedro.

Depois da morte do papa Paulo 6o em 6 de agosto, 1978, a maioria do Colégio de Cardeais – o corpo que elege o papa – concordou que seu sucessor deveria ser um italiano, mas não conectado com a Cúria. Em 26 de agosto, o colégio elegeu o cardeal Albino Luciani, patriarca de Veneza, que assumiu o nome João Paulo 1o, combinando com os de seus predecessores imediatos, João 13 e Paulo 6o, uma expressão de continuidade que ele pretendia preservar.

Mas João Paulo 1o morreu um mês depois, no dia 28 de setembro, e os cardeais formaram um novo conclave no dia 14 de outubro. As previsões eram que o sucessor novamente seria um italiano. Mas um racha se formou entre os cardeais italianos, o maior grupo nacional no colégio, e forçaram um acordo.

Os conservadores se reuniram ao lado do cardeal Giuseppe Siri, arcebispo de Genova, defensor da ortodoxia e um candidato em todos os conclaves desde a morte de Pio 12 em 1958. A maioria dos moderados queria o cardeal Giovanni Benelli, arcebispo de Florença e assistente de Paulo 6o. Mas nas votações iniciais, nenhum dos dois chegou perto dos dois terços mais um – 75 de 111 participantes – e uma busca por um candidato comum se iniciou.

O nome do cardeal Karol Wojtyla da Polônia foi levantado pelo cardeal John Krol, o arcebispo polonês-americano da Filadélfia, e pelo cardeal Franz König, arcebispo de Viena, e prelados da Alemanha Ocidental.

O cardeal Wojtyla era um candidato atraente, teologicamente ortodoxo, mas um homem de dinamismo pessoal e habilidades políticas comprovadas que poderia alcançar o Leste Europeu e pessoas das nações comunistas e do terceiro mundo, alguém que poderia ser um porta-voz da paz, do desarmamento e da justiça do mundo.

Ele foi um duro opoente dos nazistas, marxistas e stalinistas na Polônia e emergia como uma voz arrojada dentro da igreja. Ele também era fisicamente vigoroso e tinha apenas 58 anos, 10 anos mais jovem que a maioria dos papas eleitos neste século, e esperava-se que teria um longo pontificado.

Sua eleição, na oitava votação, foi recebida com um quase imediato espanto fora da Capela Sistina. Mas entre os 31 milhões de poloneses católicos, 92% da população, e entre milhões de americanos de descendência polonesa, era uma ocasião de orgulho e celebração que se seguiu por dias.

O novo papa rapidamente trabalhou para colocar sua marca no papado. Houve pistas de seu caráter em seus primeiros pronunciamentos. Dirigindo-se ao público na noite de sua eleição, ele duas vezes invocou o nome da Virgem Maria e dedicou lealdade total a ela, um sinal de conservadorismo doutrinal que seria uma marca de seu domínio.

Sua saudação, “Louvado seja Jesus Cristo” – uma frase popular antiga usada por camponeses polonês e em outras áreas rurais católicas da Europa, mas ao fazer um aviso arcaico na Roma cosmopolita – era um sinal de que não importa as grandes locuções, seu papado seria enraizado em suas origens humildes.

Conseqüentemente, ele colocou o decoro de lado e tirou da rotina do Vaticano muitas de suas frivolidades cerimoniais. Ele evitou o pronome papal “nós” em favor do “eu” e retirou a pompa da investidura tripla-coroa tradicional, substituindo por uma missa inaugural ao ar livre na Praça de São Pedro que foi atendida por 100 mil pessoas e vista na televisão pelo mundo.

Ignorando a preocupação papal comum com a burocracia da Cúria, ele deixou claro que nem todos os administradores do Vaticano manteriam seus cargos. Em uma manobra inicial para combater a oposição, ele recebeu o prelado francês intransigente e tradicionalista, o arcebispo Marcel Lefebvre, que havia sido suspendido dois anos antes. O arcebispo foi excomungado antes de morrer.

O papa também recebeu Andrei A. Gromyko, o ministro do exterior soviético, e afirmou que um dialogo com as nações comunistas era a “única forma de resolver” com problemas mútuos. E ele se encontrou com líderes de várias organizações judaicas pediu um “diálogo fraternal e uma cooperação frutífera”.

Atleta e Viajante

O novo papa por toda sua vida foi um atleta e gostava do ar livre, jogador de futebol, mochileiro, gostava de acampar, andar de barco e correr longas distâncias, e parecia. Ele era forte e vigoroso, com um pescoço grosso, ombros largos que indicavam sua juventude como trabalhador e operário. Ele andava com um passo deliberado e confiante. Era um homem gracioso para o seu tamanho.

Ele tinha 1,77 metro e pesava 80 quilos. Seu cabelo grisalho, antes loiro, era cortado bem curto, e seus olhos eram negros e profundamente expressivos, às vezes abertos com felicidade, às vezes fechados com fendas de concentração. Suas mãos eram fascinantes: grandes, calejadas, mãos de trabalhador que cortavam o ar em gestos de delicadeza ou se uniam, aprumadas para rezar.

Ele não fumava, mas gostava de um copo de vinho com suas refeições. Ele escrevia muitos de seus discursos e outros pronunciamentos sem abreviações. Enquanto para alguns ele acabava com a antiga imagem papal, ele gostava de bater papo, fazer piadas e rir as gargalhadas. Ele adorava nadar e se recusava a desistir do exercício, então foi construída uma piscina em seu palácio de verão do Castelo Gandolfo. Boatos de que o papa fazia mergulhos diários causaram um grande rebuliço e satisfez cartunistas, que o desenhavam na água com o seu chapéu de papa na cabeça. Quando um importante prelado sugeriu que a piscina deve ter sido cara, o papa respondeu, “fazer outro conclave para eleger um novo papa iria custar mais ainda”.

Ele já havia viajado bastante como cardeal, visitando os EUA em 1969 e 1976, Austrália e Polinésia em 1973 e a maioria dos países da Europa em peregrinações regulares da Polônia à Roma, e logo no início resolveu continuar com suas viagens como papa. Seu domínio de línguas – incluindo polonês, latim, italiano, francês, alemão, espanhol e inglês – era uma vantagem enorme, permitindo que falasse diretamente às pessoas quase em todos os lugares, em palcos e nas ruas. Em janeiro de 1979, sua primeira viagem para fora da Itália como papa foi à Republica Dominicana e ao México, onde milhões o escutaram expressar preocupação pelos oprimidos. Ele também rejeitou idéias de Cristo como uma figura revolucionária ou política, chamou a missão da igreja de religiosa e não política ou social, e acrescentou, “a igreja deseja ficar livre em relação aos sistemas rivais”.

Uma viagem Inevitável

Sua primeira jornada à Polônia, em junho de 1979, se mostrou ser uma de suas mais importantes. Não havia como saber na época, mas a visita foi, segundo muitos historiadores, o começo do fim do comunismo na esfera soviética – uma prova a todos de que o poder do governo não poderia superar o poder da fé.

Ela começou logo depois do 900o aniversário do martírio de São Stanislaus, santo patrono da Polônia, e expôs as fraquezas do governo comunista polonês, que sempre buscou extinguir as chamas do catolicismo.

O governo inicialmente rejeitou a visita. Depois, tentando limitar o impacto, restringiu o seu itinerário, obscureceu publicidade antecipada e se recusou a deixar os trabalhadores tirarem folga. Mas tudo isso não fez diferença. No momento que ele chegou e se ajoelhou para beijar o solo polonês até sua chorosa partida nove dias depois, seu retorno ao lar foi uma sucessão de enormes triunfos.

De Varsóvia a Auschwitz e Cracóvia, em 36 aparições públicas, ele recebeu velhos amigos em braços apertados, dizendo rimas e canções populares com seu povo, ofereceu missas para multidões que se espalhavam nas encostas dos morros, e sem diretamente atacar o governo, desafiou sua autoridade. “Cristo não pode ser deixado de fora da história da humanidade em nenhum lugar do mundo”, ele disse à vasta platéia em Varsóvia. “A exclusão de Cristo da história do homem é um ato contra o homem”.

Mineiros, donas de casas, estudantes universitários, jovens em jeans – 13 milhões de pessoas de todas as idades e descrição – compareceram para vê-lo. Eles abriram seu caminho com flores, choraram de alegria, e cantaram como fãs de futebol: “Queremos Deus! Queremos Deus! Queremos Deus!”.

Em Gniezno, depois de uma missa a céu aberto para 100 mil jovens, o papa cantou junto com eles canções populares. Em Czestochowa, 500 mil peregrinos ajoelharam-se quando ele abençoou a nação à Maria, “rainha da Polônia”. Em Auschwitz, onde milhões de pessoas, a maioria judeus, foi morta pelos nazistas, ele falou desse lugar “construído pelo ódio e desprezo ao homem em nome de uma ideologia insana”. Referindo-se a uma dedicação em hebreu para as vítimas, ele declarou: “Não é possível alguém passar por essa inscrição com indiferença”.

Continua.........

Moreira



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From: MSN NicknameIsabel-FSent: 4/15/2005 12:20 PM

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