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General : "VIM DE UM PAÍS DISTANTE" - A BIOGRAFIA DO PAPA
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From: MSN NicknameMoreiraa11  (Original Message)Sent: 4/8/2005 2:08 PM
OBITUÁRIO: UM HOMEM DE AÇÃO E A NOVA ERA DO PAPADO
 
05/05
 


 

The New York Times

Robert D. McFadden
 
Continuação............
 

A 13a. encíclica de João Paulo, “Fides et Ratio”, talvez a mais pessoal, marcou seu 20o. aniversário como papa em 1998. Cristalizando uma vida de pensamento filosófico e teológico, ampliou a posição histórica da igreja de que a fé e a razão são requisitos na busca da verdade, e rejeitava várias tendências filosóficas modernas, inclusive marxismo e niilismo.

 

A 14a. e última encíclica, em 2003, foi um recado austero de que católicos divorciados que casassem novamente não podiam receber a comunhão.

 

Não é difícil entender as idéias conservadoras do papa. Vindo de um país onde a igreja era cercada por um governo totalitário, ele achava necessário reafirmar dogmas de sua fé e agressivamente confrontar credos seculares que competiam com a igreja pela lealdade das pessoas.

 

Para muitos líderes católicos, particularmente no Vaticano, a igreja de forma geral estava sob cerco similar quando ele se tornou papa. As reformas do Segundo Conselho do Vaticano no começo dos anos 60, que revolucionou a igreja ao tomar uma atitude de aceitação da modernização depois de séculos de isolamento e até hostilidade, ao pensamento contemporâneo, não evitaram a tendência e secularização no centro tradicional da igreja, Europa ocidental.

 

O tumulto cultural dos anos 60 apenas reforçou o apelo do marxismo revolucionário, a revolução sexual e outros desafios da tradição católica. Muitos teólogos, que observaram o exercício do cargo do papa Paulo 6o. como um período de incerteza, creditam a autoridade moral da igreja, e do papado como o início do declínio.

 

João Paulo concordou que muito da igreja estava em desarranjo, a longa estabilidade sacudida pela secularização e tolerância. No princípio, ele apoiou as reformas do Vaticano, e costumava enfatizar o princípio “colegial”, sobre o qual a igreja é governada tanto pelo papa quanto pelos bispos. Mas estava convencido de que sua autoridade pessoal era a chave e que com sua liderança internacional, ele poderia clarear os princípios e invocar a disciplina, que estimava como necessários para unificar e revigorar a igreja.

 

Mas ele não contou apenas com carisma pessoal para realizar o que alguns chamaram de “restauração”. Em 1983, ele aprovou uma revisão do Código da Lei Canônica para substituir o código promulgado em 1917. Em 1992, ele também aprovou um novo “catecismo universal” para guiar líderes da igreja ao redor do mundo em apresentações de crenças católicas.

 

Para remover o que ele chamava de incertezas duradouras, em maio de 1994 ele reafirmou a doutrina da igreja de que mulheres não poderiam ser ordenadas na função de padres e disse que o assunto não estava nem aberto para debate.

 O papa levou estas visões da igreja para o nível mundial. Em 1994, enquanto 180 países planejavam uma conferência da Onu em Cairo, sobre a possível explosão populacional catastrófica projetada para o século 21, ele orquestrou uma campanha contra as propostas que favoreciam o direito de aborto, contracepção e outras medidas endossadas por feministas e especialistas em população.

 

A campanha – a mais harmoniosa do Vaticano em política internacional em muitos anos e a mais sincera do papa desde sua cruzada contra o comunismo – criou uma grande tensão em seu relacionamento com o presidente Clinton, que favorecia o aborto legalizado seguro e tentativas de estabilizar uma população global que especialistas disseram poder crescer de 5,7 bilhões para 8,5 bilhões em 35 anos.

A conferência do Cairo emitiu uma forte declaração apoiando o planejamento familiar e dando às mulheres mais controle sobre suas vidas para ajudar a estabilizar a população. Mas o Vaticano modificou a linguagem para não santificar qualquer direito universal ao aborto e excluiu o aborto como uma forma de planejamento familiar.

Em 1995, o papa parecia esforçar-se para enfatizar o seu apoio aos direitos das mulheres. Ele creditou o movimento das mulheres por realizações positivas e ofereceu desculpas por injustiças contra mulheres em nome da igreja. Mas os comentários do Vaticano na Quarta Conferência Sobre Mulheres, realizada em Pequim, não sinalizaram grandes mudanças nos ensinamentos da igreja que retratava as mulheres como mulheres, educadoras e suporte familiar.

Em uma nomeação vital, João Paulo colocou o cardeal Joseph Ratzinger na chefia da Congregação para a Doutrina da Fé do Vaticano. Um teólogo que fazia campanha pela abertura introduzida no Segundo Concílio do Vaticano, o cardeal Ratzinger repartia o medo de que a igreja estava se fragmentando e a crença de que as inovações do Segundo Concílio do Vaticano precisavam ser direcionadas e disciplinadas.

Com o cardeal Ratzinger dando um novo brilho e militância à autoridade papal e à teologia conservadora que há tempo prevaleceu nos gabinetes do Vaticano, a administração de João Paulo tomou uma forma que alguns consideraram como um regresso aos papados monárquicos do século 18.

Teólogos católicos dissidentes foram despedidos ou excomungados. Cardeal e bispos liberais foram substituídos. E em 1998, o papa mudou a lei canônica para colocar muitas questões calorosamente discutidas, incluindo a eutanásia e a ordenação das mulheres, além do alcance de debate dos fiéis. Ele também tornou quase impossível para grupos como a Conferência Nacional de Bispos Católicos dos EUA fazer declarações de doutrina ou políticas públicas que divergissem das do Vaticano. No mesmo sentido, em 2003, sob as ordens do papa, o Vaticano advertiu todos os legisladores católicos que se opusessem ao casamento gay e adoções de filhos por gays ou lésbicas. Em janeiro deste ano, o papa condenou o casamento gay.

Durante os anos, houve protestos, petições e outros atos de dissidência, especialmente na América e na Europa, em resposta às posições linha-dura do papa. Em alguns países, a presença nas igrejas diminuiu, e houve deserções de padres. Irlandeses católicos predominantemente votarãm para remover sua proibição constitucional ao divórcio, e 1,5 milhão de católicos na Alemanha assinaram petições pedindo pela ordenação de mulheres ao clero. A Itália, 84% católica, era um protesto vivo na década de 1990: ela teve a menor taxa de natalidade da Europa, um sinal de desdém popular pela proibição de métodos anticoncepcionais.

 

Crise e Mudança

Ninguém duvidava do poder da voz de João Paulo 2o ou a profundidade dos sentimentos que evocava. Mas, popularidade pessoal aparte, muitos católicos – especialmente na América e na Europa – estavam angustiados por sua inabalável oposição a mudanças, mesmo em face de crise. A profundidade dessa angústia nunca foi tão profunda do que nos escândalos de padres pedófilos nos EUA, que se iniciou em 2002 depois de décadas de abusos predatórios e sofrimentos escondidos por acordos fora dos tribunais com as vítimas e tratamentos e novas funções para os padres ofensores.

Os escândalos explodiram em janeiro depois de revelações de que o cardeal Bernard F. Law de Boston por anos enviou o reverendo John J. Geoghan Jr. de paróquia em paróquia, apesar de acusações de pedofilia em série. Ele foi eventualmente acusado de molestar 130 crianças e sentenciado em um caso por 9 a 10 anos de prisão. Em agosto de 2003, Geoghan foi estrangulado por um companheiro de cela em uma prisão de Massachusetts.

O cardeal Law, sob pressão, deu aos promotores nomes de 80 padres acusados de abuso sexual nas últimas décadas, apesar do procurador-geral de Massachusetts eventualmente informar que pelo menos 789 crianças e provavelmente mais de mil foram sexualmente molestadas por 250 padres e outros funcionários da igreja na Arquidiocese de Boston desde 1940.

Acerca de semanas depois das revelações, bispos ao redor do país iniciaram uma limpeza, removendo vários padres acusados e revelando nomes, datas e detalhas para os promotores. Encorajadas, centenas de vítimas fizeram acusações, muitas delas de décadas atrás e já prescritas sob as limitações dos estatutos. Mas alguns casos criminais foram levados a juízo e centenas de processos civis foram entregues. Enfrentando pagamentos enormes e crises financeiras, algumas dioceses tiveram que vender propriedades.

Pesquisas mostraram crescente insatisfação entre católicos, e por meses o papa e o Vaticano mantiveram distância. Mas em abril de 2002, depois que os bispos americanos pediram conselhos, o papa convocou os cardeais americanos a Roma para uma conferência sobre o escândalo. Ela não produziu nenhuma grande mudança.

O papa reconheceu o sofrimento e ofereceu uma expressão de preocupação que foi considerada por muitos como um pedido de desculpas. Chamando o abuso criminal um “pecado aterrorizante aos olhos de Deus”, ele disse, “para as vítimas e suas famílias, onde quer que estejam, eu expresso o meu profundo sentimento de solidariedade e preocupação”.

Mas ele enviou sinais conflitantes sobre uma política de tolerância zero proposta, dizendo que não havia lugar no sacerdócio para quem abusa de menores, mas depois sugerindo que alguns poderiam receber uma segunda chance.

“Não podemos esquecer o poder da conversão cristã, essa decisão radical de negar o pecado e voltar a Deus, que alcança as profundidades da alma de uma pessoa e pode causar uma mudança extraordinária”, ele disse.

Cardeais americanos propuseram retirar alguns dos padres que abusaram de menores, mas fez uma distinção entre predadores seriais e aqueles que “não eram notórios”. A ambigüidade não ficou resolvida, mesmo depois que bispos americanos, encontrando-se em Dallas em junho, votaram de forma preponderante por uma política que pedia pela expulsão de qualquer padre que já abusou sexualmente de um menor, e por uma maior cooperação com a lei e um painel nacional para monitorar o progresso.

Em vez de aprovar as políticas, no entanto, o Vaticano expressou reservas, dizendo que os bispos foram muito longe em abster-se de um estatuto de limitações, em definir amplamente o abuso sexual de crianças e em requerer que todas as acusações de abuso sexual fossem informadas a polícia. O Vaticano disse que algumas das medidas poderiam violar as leis canônicas que protegem os direitos dos padres, e recomendou mais “reflexões” por uma comissão parcialmente controlada por emissários do Vaticano.

O cardeal Law, depois de um ano de protestos e processes com US$100 milhões em reivindicações que ameaçavam sua arquidiocese de falência, demitiu-se como o arcebispo de Boston em dezembro de 2002. Ele foi sucedido em julho de 2003 pelo bispo Sean P. O'Malley, frade franciscano que rapidamente lidou com algumas vítimas de abusos e começou a tentar curar as feridas com acordos financeiros e um novo tom de diálogo aberto. Ano passado, o papa escolheu o cardeal Law para chefiar a Basílica de Santa Maria em Roma.

 

Com exceção dos escândalos sexuais, muitos católicos americanos disseram que o papa e a igreja estavam fora da realidade. Mulheres, negros, hispânicos, homossexuais, e mesmo alguns padres e freiras o encorajaram a ser mais sensível às suas necessidades. Ele freqüentemente expressou simpatia, mas pedia aos suplicantes que se mantivessem fiéis aos ensinamentos da igreja, que não foram alterados.

O resultado foi uma restauração da forte autoridade centralizada no papa. Enquanto essa força o encarecia e a igreja para muitos, ela repelia outros que acreditavam que o futuro do Catolicismo Romano estava em uma maior diversidade e flexibilidade, dispersão do poder e adaptabilidade de um mundo em rápida mudança.

Judeus e Palestinos

As relações do papa com os judeus foram ao mesmo tempo problemáticas e inovadoras. Mais do que qualquer papa moderno, João Paulo propôs com ousadia terminar a separação entre católicos e judeus. Ele foi o primeiro papa a rezar em uma sinagoga, o primeiro a reconhecer a falha de alguns indivíduos católicos em agir contra o Holocausto, o primeiro em chamar o anti-semitismo um pecado “contra Deus e a humanidade”, e o primeiro a fazer uma visita papal oficial à Terra Santa.

Os judeus freqüentemente discordavam de suas decisões e pronunciamentos. Mas ele estabeleceu relações diplomáticas entre o Vaticano e Israel e criou um curso para uma relação entre católicos e judeus em um plano maior de compromisso e cordialidade, em contraste a distância e frigidez de eras anteriores.

Seu encontro de 1982 no Vaticano com Yasir Arafat, líder da Organização pela Libertação da Palestina, foi visto com grande crítica pelo governo de Israel e por judeus de todo o mundo. O papa disse posteriormente que ele apenas queria estimular a paz no Oriente Médio. E ele não foi dissuadido: ele se encontrou com Arafat oito vezes mais.

O Vaticano apoiou acordos de paz entre Israel e palestinos, mas o debate sobre o status de Jerusalém sempre foi um ponto doloroso: Israel via a cidade como capital “unida e eterna”, enquanto o Vaticano pressionava seu reconhecimento como uma cidade sagrada dos cristãos, muçulmanos e judeus igualmente.

Perturbados há tempos pela falha do papa Pio 12 de condenar publicamente a matança de milhões de judeus pelos nazistas na Segunda Guerra Mundial, lideres de grupos judeus se escandalizaram com o encontro no Vaticano do papa João Paulo 2o em 1987 com o presidente Kurt Waldheim da Áustria, que serviu em uma unidade do exército alemão implicada na deportação de judeus na Grécia.

O papa escreveu uma carta apostólica em 1989 evocando uma mágoa cristã pelo Holocausto, e em 1998 – uma década depois de prometer – emitiu um documento histórico, “Nós lembramos: Uma reflexão sobre o Shoah”, que pede desculpas pela falha de muitos católicos em proteger judeus no Holocausto.

Enquanto o Vaticano considerava o documento como inovador, muitos grupos judeus a rejeitaram porque elogiava a “diplomacia silenciosa” de Pio 12 e não citou a sua falha em se levantar contra o Holocausto. A igreja considerou que Pio pessoalmente ajudou a salvar milhares de judeus, mas não criticou publicamente os nazistas por medo de que mais judeus, assim como católicos, pudessem ser mortos.

Mesmo depois que João Paulo fez o pedido de perdão mais abrangente já feito por um papa – um ato público de arrependimento pelos erros e crimes de católicos nos últimos dois mil anos que foi bordado no culto público de uma missa de domingo na Basílica de São Pedro em 12 de março de 2000 – críticos judeus rapidamente notaram que ele não mencionou especificamente o comportamento da igreja durante o Holocaust.

Líderes judeus constantemente examinaram declarações papais e freqüentemente condenaram frases em que detectaram censura a judeus por rejeitarem o cristianismo ou sugestões de que a validade do judaísmo estava esgotada com a chegada de Jesus.

Assistentes do papa disseram que as críticas feriram o papa, que falou freqüentemente de uma herança comum bíblica entre judeus e cristãos e realizou outras aberturas aos judeus. Em 1985, ele se encontrou com o primeiro-ministro Shimon Peres de Israel no Vaticano, e em 1986 fez a primeira visita documentada de um papa a uma sinagoga, entrando na Sinagoga Central de Roma e, para aplauso geral, saudou os judeus como “nossos irmãos mais velhos”.

 

As feridas eram reabertas de tempos em tempos. Os judeus ficaram revoltados quando freiras montaram um convento carmelita em Auschwitz em 1984. Líderes católicos poloneses disseram que ele seria removido até 1989. Mas o prazo passou, e manifestantes judeus entraram no local, e o cardeal Glemp de Varsóvia os denunciou de uma forma que soou anti-semita. O convento foi finalmente fechado em 1993 por uma ordem papal.

Em 1990, líderes judeus e católicos se encontraram em Praga e juraram combater a erupção do anti-semitismo no Leste Europeu pós-comunismo. O papa apoiou um pedido de “penitência” cristã pelo anti-semitismo feito pelo arcebispo Edward I. Cassidy, chefe do escritório do Vaticano de relações com os judeus, e a posição de João Paulo com muitos judeus foi restaurada em 1992, quando um grupo foi formado para estudar relações diplomáticas.

Ligações com Israel

Depois de 17 meses de conversações, o Vaticano e Israel formalmente se reconheceram com acordos diplomáticos em dezembro de 1993, e seis meses depois, em junho de 1994, a Santa Fé e Jerusalém estabeleceram relações diplomáticas totais com uma troca de embaixadores. Foi um marco político e religioso.

Mas em apenas alguns meses, o relacionamento se complicou novamente. Em agosto de 1994, João Paulo conferiu nobreza papal a Waldheim, citando seus esforços de paz como secretário-geral da ONU de 1992 a 1980. Israel e outros líderes judeus ficaram escandalizados que o papa honrou um homem que serviu unidades nazistas que massacraram civis, executou prisioneiros e deportou judeus nos Bálcãs. Waldheim negou qualquer crime de guerra, mas o Departamento de Justiça chamou suas negações de não convincentes e depois de 1987 o proibiu de entrar nos EUA.

Outra questão dolorosa para os judeus – uma cruz erguida em Auschwitz para comemorar a visita do papa em 1979 – ressurgiu em uma visita a sua terra natal em 1999, quando o rabino-chefe da Polônia, Pinchas Menachem Joskowicz, o abordou em uma recepção e se apresentou como um sobrevivente do campo de concentração. “Eu tenho um favor a pedir sr.Papa”, o rabino disse. “Eu peço para chamar essas pessoas e tirar essa cruz do campo”.

Se o papa se ofendeu, ele não deu sinais, escutando pacientemente e respondendo silenciosamente. Mas um porta-voz papal chamou a cruz de “uma questão local” e não uma preocupação do Vaticano.

Críticas de judeus aos papas foram fortes novamente quando ele beatificou – e em 1998 canonizou – uma alemã convertida ao judaísmo, Edith Stein, que se tornou uma freira carmelita e foi morta na câmara de gás em Auschwitz em 1942. Enquanto ela era declarada uma santa como uma mártir cristã, muitos judeus, incluindo seus parentes, insistem que ela foi morta por causa de seu passado judeu.

O papa reconheceu isso, mas falhou em aliviar as críticas, que também foram furiosas com a beatificação do cardeal Alojzije Stepinac, o arcebispo de Zagreb durante a Segunda Guerra Mundial, quando um regime fantoche nazista dominava a Croácia e 700 mil sérvios, judeus e outros foram enviados a campos de concentração.

Quando João Paulo finalmente fez uma jornada de seis dias à Terra Santa em março de 2000, ela foi vista como uma triunfo pessoal e um ponto alto de seu papado – uma mistura de gestos seculares e sagrados delicadamente balanceados em uma terra reverenciada por todas as crença abraãmicas: Judaísmo, Islamismo e Cristianismo.

Nunca antes ocorrera uma visita papal oficial à Terra Santa, apesar de Paulo 6º realizar uma viagem informal em 1964, ficando apenas 12 horas e nunca se referir explicitamente a Israel. (João Paulo, como Karol Wojtyla, arcebispo de Krakow, visitou Jerusalém em 1963).

João Paulo fez sua esperada peregrinação em meio a forte segurança, viajando primeiro para o Monte Nebo na Jordânia, onde a Bíblia diz que Moises avistou a Terra Prometida, e depois para Amã e ao Rio Jordão, lugar onde se diz que Jesus foi batizado.

 

Em Tel Aviv, o presidente Ezer Weizman e o primeiro-ministro Ehud Barak receberam o papa como um dos visitantes mais importantes da história de Israel, e sua presença em Jerusalém posteriormente foi saudada por líderes israelenses como nada mais do que a afirmação cristã do direito dos judeus a uma nação.

Para líderes palestinos, sua presença foi também um triunfo simbólico. Ele foi à casa de Arafat em Belém e para um pobre campo de refugiados palestinos. Arafat chamou a sua visita de uma grande confirmação das aspirações nacionalistas palestinas e um reconhecimento do sofrimento palestino sob o domínio de Israel.

Em gestos para a minúscula população cristã de Israel que também foram experiências pessoais emocionantes, o papa visitou locais venerados, como o local do nascimento de Jesus, da Última Ceia, Crucificação e Ressurreição. Ele também se encontrou com o patriarca ortodoxo grego e líderes dos cristãos maronitas, católicos armênios, melquitas e caldeões.

Em Jerusalém, ele se encontrou com os rabinos sefaradi e Ashkenazi, e foi à mesquita Al Aksa para se encontrar com o xeque Ikrima Sabri, o chefe-clérigo islâmico da cidade. Ele foi ao Muro das Lamentações, o locais mais sagrado do judaísmo, e, seguindo o costume dos visitantes judeus, colocou uma nota em uma fenda, um pedido de reconciliação que foi o tema de sua peregrinação. Em Yad Vashem, o memorial do Holocausto, ele fez uma homenagem as seis milhões de vítimas da perseguição nazista.

Moreira

Continua......



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From: MSN NicknameIsabel-FSent: 4/15/2005 12:17 PM

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