Olhando os hipopotamos numa lagoa da Reserva
A progenitora, que até aí comia pachorrentamente a mais de trinta metros e aparentava ser a chefe da manada, aproximou-se dos jovens e desatou às trombadas acabando de vez com a cena. Depois veio na direcção do nosso jipe e ficou ali pertinho a dar de mama ao pequeno filhote. Findo isso deitou-se por alguns instantes a uns escassos dois metros do nosso carro numa atitude aparentemente pacífica. Só que, ao levantar-se, deve ter mudado de ideias e fez uma ameaça de ataque encostando a sua grande tromba na parte lateral do jipe, mesmo por baixo das minhas pernas.
Momento em que o atrevido paquiderme encostou a tromba ao Jipe
Simultaneamente o guia arrancou de marcha a trás e quando estávamos a uns vinte metros a elefanta investiu para nós, naquela posição bem conhecida de ataque sério, que é a tromba caída e as orelhas bem abertas. Mas o experimentado guia colocou-nos rapidamente a distância e desencorajou a agitada fêmea que acabou por desistir da suposta carga.
A suposta carga da mãe elefante
Todo o elenco feminino do grupo passou mal e as duas mais novas, mesmo já habituadas a situações idênticas no Kruger Park e noutras Reservas, passaram quase todo o tempo enfiadas por baixo dos assentos, entre as nossas pernas, choramingando e implorando para sairmos dali!
O "batuque" Swazi com que os turistas foram obsequiados no acampamento de N'Konjane
Foram três dias emotivos, bem passados numa Reserva que é exemplo do melhor trabalho que se faz em África para se recuperarem as espécies bravias que estão ameaçadas de extinção na maior parte deste continente. Moçambique, tão perto que está do pequeno reino da Swazilandia, tem vindo a esboçar idênticos projectos, desde 1994, mas nenhum deles tem a estrutura nem o sucesso deste de Mkhaia.
Maputo, Janeiro de 2005
Celestino (Marrabenta)
A SEGUIR: FIM DE FÉRIAS NAS MONTANHAS FRIAS DO NORTE DA SWAZILANDIA